Luis Vilar
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A indicação do delegado Marcílio Barenco para a direção geral da Polícia Civil de Alagoas confirma a independência e a carta branca dada ao novo secretário de Defesa Social, Paulo Rubim. No entanto, já nasceu – conforme informações de bastidores – uma discussão interna dentro da própria Polícia Civil; por conta do nome do novo delegado ser indigesto em alguns setores da instituição.
A indicação de Barenco desagradou o grupo ao qual pertence o antigo delegado geral Carlos Alberto Reis, assim como desagrada também a pessoas que estão ligadas ao ex-secretário de Defesa Social e atual delegado do 4° Distrito Policial, Robervaldo Davino. Os dois grupos estavam acostumados ao revezamento na pasta, bem como as composições políticas, que os deixavam em suspensão.
Barenco assume com uma grande aprovação popular, como pode ser vista em comentários a respeito de seu nome neste próprio site. No entanto, a credibilidade junto à população pode não ser o suficiente para o jovem delegado, que se vê isolado em sua nova cadeira. De um lado, os delegados que são citados em crimes e que almejam uma proximidade da cúpula e que podem não mais encontrar espaços. Do outro lado, a guerra interna da Polícia Civil de Alagoas.
São muitos os desafios para Marcílio Barenco, que nunca assumiu um cargo de direção envolvendo questões administrativas e políticas. Aliás, este será um dos argumentos usados pelos adversários junto ao Governo do Estado, muito em breve. Os primeiros desafios de Barenco – até auxiliar na redução dos índices de criminalidade – serão internos. Ele terá que ir às vísceras da Polícia Civil, que o próprio delegado conhece tão bem.
Barenco sabe dos componentes políticos da instituição a qual faz parte. Concursado e sem dever a cadeira, o delegado aponta como uma indicação corajosa, mas precisará de equipe caso queira trabalhar. Neste momento, para o delegado, o difícil será confiar em alguém…
Vale ressaltar que Barenco se destacou na época de Davino, com atuações em Coruripe e Rio Largo, colocando inclusive poderosos na cadeia. Isto lhe rendeu aplausos, mas também ciúmes, invejas e até mesmo o rótulo de “arrogante”. Com a atual cúpula, Barenco foi jogado aos serviços burocráticos da corregedoria da Polícia Civil de Alagoas. Dizem por aí que sem as menores condições de trabalho! É difícil lidar e limpar a Polícia Civil de Alagoas.
Com a indicação de Barenco são feitas algumas apostas. É esperar para vê e é claro – aos espectadores – torcer pelo melhor! Uma coisa é certa: o trabalho na corregedoria rendeu ao delegado as “fichas” dos companheiros comandados.