O É fim de semana e eu estou sentado no sofá no meio da tarde assistindo TV. Levanto-me para beber água e lá está o bolo delicioso feito pela secretária -eu olho para ele e ele olha para mim e então me pisca o olho. Esse é o sinal para eu devorar a primeira fatia...
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É fim de semana e eu estou sentado no sofá no meio da tarde assistindo TV. Levanto-me para beber água e lá está o bolo delicioso feito pela secretária -eu olho para ele e ele olha para mim e então me pisca o olho. Esse é o sinal para eu devorar a primeira fatia de várias outras que farão com que o delicioso bolo não chegue à segunda-feira.
Poxa, por que aquele bendito bolo estava ali à mostra pedindo para ser consumido? Se ao menos ficasse em cima da geladeira escondido dos meus olhos e da minha gula, eu não teria exagerado e comido-o inteirinho no fim de semana.
Bem, todos sabem que dentre todas as aplicações, a poupança é considerada uma das piores pelos especialistas quando o assunto é rentabilidade. Existem várias outras bem mais vantajosas e, portanto, atraentes, quando pensamos em guardar nosso suado dinheirinho. Acontece que a poupança tem uma função bem específica e não menos importante, que é guardarmos o bolo lá em cima da geladeira, escondido dos nossos olhos e da nossa gula.
Pois é, a principal função da poupança é esconder o nosso dinheiro de nós mesmos, para mais para frente decidirmos uma outra aplicação ou investimentos mais rentáveis. Se deixamos um pouco mais de dimdim em nossa conta corrente ou um bolo fresquinho em cima da mesa esperando para ser devorado, nossos instintos e impulsos mais primitivos irão atuar, deixando-nos tentados a consumi-los -seja o dinheiro ou o bolo.
Comparo bastante a alimentação com finanças, pois, segundo os especialistas, ambas habitam a mesma região em nosso cérebro: o sistema límbico, que é responsável pelas emoções e comportamentos sociais.
Então a dica para quem quer perder peso e juntar dinheiro (alguém não quer?) é esconder o bolo na poupança e o dinheiro em cima da geladeira (ops!)-o importante é não deixar nossos olhos ativarem nosso sistema límbico, nossa gula, nossa vontade de consumir ou simplesmente nos dar prazer.
Ah como é difícil ser humano…