Luis Vilar
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Confirmado os acordos! A deputada estadual Cláudia Brandão (PMN) está eleita para o Tribunal de Contas do Estado. Vinte votos. Nenhum dos outros candidatos teve votos. Quem diria? Agora, é hora de questionar – se é que adianta – os requisitos do edital para a eleição do Tribunal de Contas do Estado.
Cláudia Brandão – via esposo Celso Luiz, que contribuiu e muito para sua eleição – pode ter se beneficiado da extinta folha 108, que foi um dos alvos da Polícia Federal, durante a Operação Taturana. Era preciso investigar mais a “conduta ilibada” da nobre conselheira.
Um segundo ponto: qual a experiência de Cláudia Brandão no serviço público? Como ela preencheu os 10 anos necessários? Seria interessante que os responsáveis questionassem para que fosse dada a resposta adequada a esta pergunta. É difícil lembrar dela na vida “antes de ser deputada”.
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, deve questionar a eleição de Cláudia Brandão para o Tribunal de Contas. Nos últimos tempos, o Poder Legislativo tem dominado a corte das contas, responsáveis – bem teoricamente – pela fiscalização das instituições, entre elas a própria Assembléia Legislativa.
É a famosa fábula: colocar a raposa para tomar conta do galinheiro. Assim foi para lá Rosa Albuquerque – irmão do deputado estadual afastado Antônio Albuquerque. Assim vai Cícero Amélio (PMN) – afastado pela Justiça. Assim agora vai Cláudia Brandão. O próximo, Fernando Toledo (PSDB).
Assim vão ex-deputados estaduais e amigos ou parente destes tomarem conta das ações de futuros deputados estaduais, com os quais possuem relações de parentesco, amizade, ou apadrinhamento político. Isenção? Bem, há de se pensar que se trata mais de “conchavos” mesmo.
PS: uma leitora do blog informou que o deputado Antônio Albuquerque (sem partido) vai voltar por cima, porque sempre serviu a imprensa por baixo dos panos e que agora, os jornalistas estavam sendo hipócritas.
Afirmo a ela duas coisas: nada tenho contra a pessoa do nobre deputado estadual! Segunda: sempre critiquei e denunciei este famoso “por baixo dos panos” que ronda pela imprensa. Se o nobre deputado é adepto disto, é mais um vício. Tenho pena dos companheiros jornalistas que enveredaram para o caminho das “bocas” e “mãos” de aluguel. Os “xumbetas da palavra” são tão reprováveis quando os que os compram. Nisto, eu acho que a leitora concorda comigo.