Blog do Valderi
Valderi Melo
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
Há 25 anos, o senador Fernando Collor de Mello (PTB/AL), era eleito presidente da República com mais de 35 milhões de votos, na primeira eleição direta do País depois do regime militar. Para comemorar a data histórica, o senador alagoano escreveu, nesta quarta-feira (17), um artigo que foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, destacando a honra e a satisfação que teve de ser presidente no processo da redemocratização do país.
“Será sempre motivo de honra e orgulho para mim ter me sagrado vencedor, tanto no 1º como no 2º turno – em 17 de dezembro de 1989–, daquele histórico pleito e assumido como o primeiro presidente da República eleito diretamente pela população depois de um período de mais de 20 anos de recrudescimento político”, escreveu o senador. No pleito de 1989, participaram 22 candidatos.
Na publicação, Collor lembra que o momento da eleição foi, de um lado, o ponto final da transição política e, de outro, o ponto de partida da estabilização democrática que caminha hoje para ser a mais duradoura e representativa de nossa vida republicana. De lá para cá, reforça Collor, durante esses 25 anos, testemunha-se um revigoramento institucional crescente do Estado brasileiro.
“Em 2014, tivemos a sétima eleição presidencial consecutiva desde 1989. É a prova de que, olhando para trás, deixamos de ser uma República de frequentes instabilidades políticas e alguns espasmos democráticos, para ser hoje uma nação em que os períodos discricionários passaram a ser exceção. Muito ainda precisamos evoluir. Como ensinou o filósofo italiano Norberto Bobbio, em um regime democrático, o estar em transformação é seu estado natural: a democracia é dinâmica, o despotismo é estático”, expôs o senador
Para manter essa dinâmica e a evolução institucional do Brasil, aponta Collor, dois aspectos merecem reflexão. Primeiro, o alerta dado há dois séculos pelo pensador Benjamin Constant –contrapondo a grande formulação de Montesquieu–, de que o problema não é a divisão dos Poderes, mas a quantidade de poder que se deve dividir entre eles. E o segundo aspecto é o de que, além de um real equilíbrio de forças para que a democracia sobreviva à poliarquia, aquelas prerrogativas precisam ser partilhadas também com a sociedade.
“Nas palavras do cientista político John Mearsheimer, as democracias operam melhor quando incluem um mercado razoavelmente eficaz de ideias, que só funciona quando os cidadãos têm informações seguras e existem altos níveis de transparência e honestidade. Isso não vale apenas para governos e instituições, mas alcança todos os pilares da democracia, inclusive a imprensa, cuja liberdade exige acima de tudo responsabilidade, coerência e isenção”, concluiu Collor.
Confira o artigo na íntegra: http://goo.gl/49PlrG