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Conselho de segurança suspendeu segurança de juíza alagoana

Conselho de segurança suspendeu segurança de juíza alagoana

Há dez anos, a juíza Nirvana Mello denunciou um dos maiores escândalos sexuais de Alagoas, que ganhou repercussão internacional: uma rede de prostituição infantil, envolvendo autoridades na cidade de Porto Calvo, litoral norte do Estado.

Por causa das ameaças de morte, a magistrada andava com dois seguranças, policiais militares escalados para guardar a vida de Nirvana. Há cinco meses, ela recebeu um ofício do Governo: não teria mais os seguranças. Ela entrou com um pedido no Conselho Estadual de Segurança, mas a proposta foi rejeitada por unanimidade na reunião de ontem.

O argumento do relator do processo, o juiz Rodolfo Osório, foi o tempo: as denúncias tinham dez anos e não havia mais ameaças. O voto dele foi acompanhado pelos demais conselheiros, menos do conselheiro Paulo Brêda, que não participou da votação.

Entrevistada por telefone, antes da decisão do conselho, a magistrada disse que recebia ameaças indiretas e não se sentia à vontade para sair de casa. “A vingança não tem data”, resumiu à reportagem. “Eu fundamentei meu pedido com tudo aquilo que passei em Porto Calvo”, disse. Por causa da tensão constante, Nirvana está de licença médica e desenvolveu uma hérnia lombar.

“Eu tenho uma vida reservada. Pouco saio e quando o faço, nunca estou sozinha. Mas, essa é a vida do magistrado”, afirmou a juíza. “Espero que eles decidam de forma favorável”, contou Nirvana. Horas depois, o pedido foi vetado pelo conselho.

Em 1999, um padre, um promotor de justiça, fazendeiros e um ex-prefeito foram denunciados como os supostos líderes de uma rede de prostituição infantil. A então juíza de Porto Calvo, Nirvana Mello, determinou o fechamento de todos os bordéis da cidade e prendeu os supostos aliciadores e agenciadores do sexo.

Por causa das ameaças, além dos seguranças, foi autorizada a sair de Alagoas por dois anos. Na correição feita no Judiciário do Estado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu que o processo aberto pela juíza, do escândalo em Porto Calvo, estava engavetado.

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