Usuário Legado
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Um grupo de estudos da Uncisal- coordenado pelo reitor André Falcão- elabora, em 60 dias, um raio X dos lugares públicos que tratam os dependentes químicos. O relatório será entregue ao Ministério Público Estadual, mas já existem algumas conclusões. Por exemplo: pelo menos mil dependentes aguardam um espaço para tratamento em todo o Estado. É uma fila de espera involuntária. Isso porque não existem leitos suficientes nem pessoal capacitado para receber aqueles que querem uma chance a mais de sobrevivência, em meio ao caos do vício.
No Hospital Portugal Ramalho, referência ao atendimento de dependentes químicos, os 27 leitos estão lotados. E desocupando um deles, o lugar está reservado para outro, todos na fila.
Pela varredura- realizada na Uncisal- a rede pública não funciona. E esta rede é procurada por aqueles que não podem pagar para retirar o filho acorrentado em uma cadeira ou trancado em um quarto, métodos esdrúxulos (e até agora os únicos) contra a morte nada gloriosa das falanges do tráfico. Essa rede – a pública- recebe a maioria quase absoluta da população alagoana.
E qual a proposta do MP? Além de preparar uma ação civil pública contra o Estado, incentivar a população a procurar a Defensoria Pública e entrar com ações individuais. Alguns casos são considerados "de sucesso" pelos defensores, como o tratamento de dependentes químicos em São Paulo, saindo de Alagoas. E eles não podiam pagar para ajudar os parentes. Tudo foi custeado pelo Estado, mesmo a contra-gosto dos chefes dos cofres públicos.
A previsão é que o relatório seja apresentado até setembro.