Usuário Legado
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A cúpula da Polícia Civil de Alagoas já sabe que pelo menos um segurança, que guardava a porta de acesso ao local das armas roubadas da sede da PC, em Jacarecica, mentiu em depoimento na manhã de hoje. Sete pessoas foram ouvidas pela polícia. Os nomes não foram divulgados.
A porta era guardada por duas pessoas. Uma delas disse que no instante do roubo não viu nenhuma movimentação. A cúpula da PC não acreditou na versão e as investigações se encaminham para negligência. A princípio, é descartada a versão de que pistolas e metralhadoras foram roubadas, como chegou-se a cogitar.
Só que há mais no caso do roubo das armas. Na prisão de deputados estaduais, durante a Operação Ressugere, ano passado, o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, recebeu um aviso – não da Assembleia Legislativa – mas da própria corporação: a cúpula seria desmoralizada através de uma invasão à Delegacia Geral da Polícia Civil. Era uma resposta à "ousadia", como se chamou, em se prender parlamentares. O "aviso" foi lembrado hoje pela manhã.
Os indícios, levantados pela PC, reforçam o ato de "desmoralização," como também é chamado o roubo: não havia sinais de arrombamento da porta; o cadeado estava no lugar; havia supostos fragmentos de serragem do cadeado no chão, que podem ter sido colocados ali para "despistar"; as armas roubadas eram inservíveis e estavam ao lado de pistolas .40 e metralhadoras; e uma das câmeras não estava apontada para a sala das armas. E, ao mesmo tempo, as câmeras registraram movimentação estranha. Pode ser uma pista; ou uma forma de despistar.