Luis Vilar
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
Peço licença aos leitores para retornar ao passado próximo. No caso do passado em questão, trata-se da sessão do Tribunal de Justiça de Alagoas que deveria julgar o destino dos parlamentares alagoanos indiciados pela Polícia Federal, mas que se encerrou com os juízes se averbando suspeitos.
Um fato que deveria chamar atenção, passou despercebido. O magistrado Juarez Marques Luz apresentou um documento (pedaço de papel que segundo o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca não possui valor jurídico) apresentado nome e data do ex-cunhado de Coaracy Fonseca que teria sido empregado na Assembléia Legislativa de Alagoas.
O objetivo de Marques Luz era se defender atacando, mas Fonseca rebateu de imediato. O procurador-geral de Justiça expôs que os atos do Ministério Público são postos em Diário Oficial para cumprir a obrigatoriedade da publicidade e pediu que o juiz mostrasse o Diário Oficial onde consta tal nomeação, para confirmar a data. Resultado: o juiz não tinha o documento da imprensa oficial do Estado, estando apenas com um papel proveniente da Assembléia Legislativa de Alagoas.
Em seguida, Coaracy continuou relembrando que juiz estava com um papel com informação de funcionários do Legislativo, coisa que há tempos o Ministério Público tenta sem conseguir. “Como o senhor conseguiu este documento? Eu até desejo saber”, colocou o procurador-geral de Justiça. Fonseca ainda falou de sua história e de que é divorciado, para afastar suspeitas sobre o cunhado.
No entanto, o silêncio de Juarez Marques Luz sobre o documento que ele estava em mãos no Tribunal de Justiça é que intriga. Sempre foi um mistério o nome de alguns funcionários da Assembléia Legislativa de Alagoas. E ai, de onde veio o documento?