O ano passou “caporra” e a cada dia cresce mais a quantidade de coisas que estou deixando “mais para frente”. São desejos, planos, metas, providências, problemas, soluções, interesses e necessidades que vão sendo postergadas para um futuro que deveria ser próximo, mas que a cada dia, torna-se mais longo que a quantidade de anos que...
O ano passou “caporra” e a cada dia cresce mais a quantidade de coisas que estou deixando “mais para frente”.
São desejos, planos, metas, providências, problemas, soluções, interesses e necessidades que vão sendo postergadas para um futuro que deveria ser próximo, mas que a cada dia, torna-se mais longo que a quantidade de anos que provavelmente ainda terei.
Minhas procrastinações vão sim acontecendo voluntariamente dia após dia, porém acredito que obedeçam a uma determinada escala de valores e urgências —ou a um critério pessoal próprio —por isso vou empurrando para a borda, para a beira do precipício, uma quantidade considerável de coisas que poderia conhecer, descobrir, aprender, arrumar, reconciliar, providenciar, investir, gastar, começar, terminar, construir, destruir, vivenciar, desfrutar e consertar, quando já me dou conta que a maioria ficará mesmo para a próxima encarnação —caso obviamente haja uma.
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Então estou assim: com mais planos empurrados com a barriga que anos a serem vividos. Mas pensando bem, ao pensar na quantidade de coisas que já fiz, conheci, aprendi, ensinei, descobri, realizei e conquistei, acho que passo a ter um bom saldo a levar comigo.
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Se deixo tantas coisas para fazer amanhã, semana que vem, no outro mês ou para o próximo ano, é porque a preguiça ou falta de urgência foram maiores que a vontade, a necessidade e o desejo.
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Aos poucos algumas delas vão entrando no meu radar e, em seguida, na minha agenda —queira Deus — ou então deixo aquele curso de Canto Gregoriano ou arrumar meu criado-mudo para minha próxima vida.
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Fazer o que ?