Delta Eis o que restou da minha matemática do ensino médio: essa é a única fórmula que ficou na minha mente após todos esses anos. Uso em minha vida basicamente apenas as quatro operações fundamentais, junto com a porcentagem e mais um pouquinho de regra de três, todas aprendidas ainda no primeiro grau. Para me...
Delta
Eis o que restou da minha matemática do ensino médio: essa é a única fórmula que ficou na minha mente após todos esses anos.
Uso em minha vida basicamente apenas as quatro operações fundamentais, junto com a porcentagem e mais um pouquinho de regra de três, todas aprendidas ainda no primeiro grau.
Para me virar na vida adulta, tive que aprender— levando muita cacetada— operações e funções matemáticas bem mais úteis e aplicáveis, como calcular juros sobre juros, aplicar estatística em época de eleição, converter moeda estrangeira mentalmente no meio de uma viagem ou como achar a raiz quadrada de um dente incluso.
Já a fórmula de Delta, por alguma razão misteriosa eu nunca esqueci —como aconteceu com tantas outras que outrora decorei. A mesma foi a única que fixou-se na área mais recôndita do meu cérebro e lá permaneceu tão intacta quanto inútil, fossilizada em seu estado mais bruto, à espera de um dia ser chamada à luz da consciência —que nunca veio, nem nunca virá— à exceção da escrita deste texto.
Até hoje repito-a como um mantra sem ter a menor ideia para que serve (sim, perguntei à minha filha e ela me esclareceu que é para usar numa equação de segundo grau)
Ok, fiquei na mesma…
Delta para mim é apenas uma letra grega de formato triangular e na matemática, apenas um conceito vago como logaritmo, seno-coseno, matriz e determinantes, equação exponencial e trigonometria.
Ironicamente, matemática era uma das minhas matérias favoritas, mas que só fez ocupar espaço em meu HD e que muito provavelmente é uma das responsáveis por me fazer esquecer alguns trechos de Faroeste Caboclo.
Sai de mim deltaigualabêdoismenosquatroacê, eu não preciso de você.