Desconhecimento geral

Comecei a alcançar o grande nível de desconhecimento da população desde que comecei a apresentar programas de rádio com participação de ouvintes, via telefone. A percepção cresceu quando foram implantados os quadros que falam do direito do trabalhador, direitos previdenciários e outros que tais, que as pessoas simplesmente ignoram.
Todavia, a questão é mais grave do que possa parecer. No dia em que secretarias e entidades ligadas à área de saúde, além dos próprios profissionais da área, comemoravam o Dia Mundial contra o Diabetes, vi a coisa chegar a um nível elevado de preocupação.
Repórter Rogério Costa, microfone na mão, percorria filas de um posto de atendimento médico no bairro Jacintinho, ouvindo as pessoas, homens e mulheres, jovens e idosos. Ninguém, mas ninguém mesmo, sabia dizer o que era o diabetes, nem mesmo aqueles que se diziam portador do mal que atinge – e mutila, e mata – milhões de pessoas em todo o mundo.
Informados, médicos não esconderam a frustração, visto que as campanhas são feitas exatamente para que todos sejam esclarecidos sobre o assunto. O que me restou foi um sentimento de frustração. Será que estamos gastando para nada? Sem um mínimo de educação básica, isoladas do avanço da tecnologia, sem o mínimo de fundamento de cultura, nossas comunidades estão fechadas ao conhecimento?
Em boa hora, o governo Federal anuncia investimentos maciços para assegurar o consumo à cultura, principalmente em comunidades com ausência completa de saúde, educação e segurança.
Difícil é acreditar que a verba chegará, sem desvios, até a ponta, lá no fim. Exemplos anteriores não recomendam otimismo. Infelizmente.