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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) se reúne hoje, na sua sede, para discutir a denúncia que é manchete da Gazeta de Alagoas deste domingo.
O jornalista Maurício Gonçalves comprou, por R$ 25 mil, um lote de sete hectares no assentamento Dom Hélder Câmara, em Murici, destinado a assentados da reforma agrária.
Ele gravou conversas mostrando que vereadores e um promotor de Justiça também têm terras de assentados transformadas em propriedade privada, com aval de um funcionário do Incra, mediante suborno.
E há detalhes de como fazer a terra render, usando verba federal, uma burla à fiscalização, já que a mesma terra foi transformada em bem privado.
De acordo com o coordenador da CPT, Carlos Lima, o assunto não é novidade.
Desde 1999, a comissão denuncia, ao Incra, a venda de lotes destinados à reforma agrária em Alagoas.
"E nada foi feito pelo Incra. Depois de 1999, denunciamos o caso inúmeras vezes. E nada. Nunca dão a atenção que o caso merece", disse Lima.
Depois da matéria, a Superintendência Regional do Incra e a Polícia Federal se movimentam sobre as apurações ao caso.
O Incra fará hoje, às dez da manhã, uma reunião interna para investigar as denúncias.
O superintendente da PF, Amaro Vieira, deve se pronunciar sobre o assunto hoje, segundo a assessoria da polícia.
A discussão sobre a venda de lotes bagunça as articulações que definem o segundo escalão dos cargos públicos federais. O PT de Alagoas tem hoje três cargos- o Incra entre eles. Tenta um quarto, ainda não definido.
O PMDB (Renan Calheiros) tem as indicações mais fartas financeiramente: Funasa entre elas.