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Crônicas e Agudas por Walmar Brêda

Walmar Coelho Breda Junior é formado em odontologia pela Ufal, mas também é um observador atento do cotidiano. Em 2015 lançou o livro "Crônicas e Agudas" onde pôde registrar suas impressões sobre o mundo sob um olhar bem-humorado, sagaz e original. No blog do mesmo nome é possível conferir sua verve de escritor e sua visão interessante sobre o cotidiano.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Dezembrou

O mundo é grande e cheio de ótimos lugares para se viver — desde enormes metrópoles como Nova York e São Paulo até cidades bucólicas e charmosas como Bruges, na Bélgica, e Annecy, na França, ou mesmo exemplos locais, como Gramado e Barra de São Miguel.

Então, se porventura nos fizéssemos  a pergunta sobre onde gostaríamos de morar, caso fosse possível ou viável escolher qualquer cidade desse mundão, haveria uma pergunta que precisaria ser feita anteriormente: o que verdadeiramente desejo para minha vida?

Esse processo de escolha sobre onde eu gostaria de morar nos próximos anos me levaria a uma discussão interna gigantesca, diante de tantas opções e dúvidas que me inundariam as ideias. Preferi, então, substituir o onde pelo quando, e a resposta me veio quase imediatamente — obviamente fazendo-me anteriormente a pergunta sobre o que eu desejaria para a minha vida e se possível e viável fosse.

Então, se eu pudesse escolher não um lugar, mas uma data, uma época ou um mês para morar para sempre, escolheria viver em dezembro. Sim, meus caros, morar indefinidamente nesse mês ensolarado, atípico e que carrega em si uma energia peculiar e positiva. Viveria num loop infinito — como no ótimo filme O Feitiço do Tempo —, quando, após a noite do Réveillon, acordaria magicamente no dia de hoje: Primeiro de Dezembro.

Seria uma vida mais festiva, com várias confraternizações e belíssimos dias de sol — e aquele estado permanente de fim de ano, com menos cobranças pessoais e de outrem. Uma vida mais leve e mais procrastinadora — no melhor sentido da coisa.

Bem, cá estamos no mês que mais gosto e que considero o “sábado do ano”. E, já que não me é possível permanecer nesse loop temporal, buscarei vivê-lo intensamente, degustando-o como um vinho de uma safra especial. Permanecerei leve e presente no agora o máximo possível e irei desfrutar cada momento dos seus parcos 31 dias.

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