Usuário Legado
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Tenho o maior respeito pelo trabalho das comissões de Direitos Humanos. Acompanho, com vivo interesse, a luta para que as pessoas sejam tratadas de forma igual, com dignidade, e para que os governos cumpram a missão de proteger os cidadãos, ainda que estejam por trás das grades.
Todavia, esta atuação normalmente recebe duros questionamentos de grande parcela da sociedade. As críticas são mais contundentes quando ocorrem assassinatos frios ou mortes por encomenda.
Se a vítima for uma criança ou um bom e dedicado pai de família, amigo de todos, aí é que a coisa pega, de verdade.
No dia 1º deste ano, recebi no ar uma saraivada de telefonemas de pessoas revoltadas com a morte de um militar, supostamente por ter chefiado uma batida contra traficantes de drogas dois dias antes.
Algumas chorando, outras chegando a proferir impropérios, o que cobravam estas pessoas? A presença dos Direitos Humanos, de um seu representante, claro, que surgem imediatamente quando há notícias de maus tratos, agressões e mortes envolvendo detentos.
Evidente que, como diziam meus avós, nem 8, nem 80. Não se pode querer enxergar erros, onde eles não existem, só porque não há acertos onde nós cobramos.
Ou seja, o direito deve ser estendido aos que infringiram a lei. Mas, ele não pode ser negado aos que a cumprem.
E esta cobrança, convenhamos, normalmente não ocorre.