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E agora, Luís?

Concordo plenamente com os que entendem a derrubada da proposta de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) como uma derrota da prepotência do presidente Lula e de alguns membros do governo e de sua base de sustentação no Senado.
No mesmo dia em que viu a sua popularidade crescer mais uma vez, assim como a aprovação do seu governo, Lula teve que se curvar a um revés histórico por apenas quatro votos, obtendo 45 quando precisava de 49 votos favoráveis.
Por alguns poucos dias, os que antecederam a votação, o governo entendeu que podia tudo e que gastar mais com a questão seria desnecessário, escudando-se nos governadores estaduais, que até têm popularidade e votos em eleições estaduais, mas efetivamente não decidem no Senado.
A soberba levou os aliados de Lula a encaminhar a proposta para votação, mesmo sabendo que muito provavelmente iriam perder. Como de fato aconteceu.
Mas, repito a pergunta do título, e agora, Luís? O que vai fazer o presidente, depois da derrota? Buscar novas alternativas para faturar ao menos parte do que vai deixar de arrecadar a partir do dia 1º? Ou fechar as torneiras da liberação de recursos aos governadores que não conseguiram influenciar os senadores dos seus estados, mesmo sua derrota tendo acontecido com votos também de senadores da base, dissidentes do PMDB e PR, por exemplo? Ou as duas coisas?
Descartada no primeiro momento a reapresentação da proposta de prorrogação da CPMF, há quem aposte na elevação de alíquota de diversos impostos e contribuições, tipo IOF, IPI, CSLL e tributos que incidem sobre Importação e Exportação, algo emergencial enquanto se tenta apressar a Reforma Tributária.
A derrota com forte componente político ainda vai ser digerida pelo governo. Um troco mais adiante não é descartado. O que se teme, isso sim, é que o fim da CPMF venha prejudicar os repasses do governo para programas sociais, diminuindo o ritmo de distribuição de renda que o Brasil vinha experimentando.

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