Blog

Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

E mais um enterro na Câmara! O defunto é o mesmo!

Surpresa para alguém a bancada governista da Câmara Municipal de Maceió derrubar um requerimento de uma simples audiência pública, apenas pelo fato desta questionar a falta de merenda nas escolas da rede municipal de ensino?! Para este blogueiro não há surpresa alguma. Parece que para vereadora Silvânia Barbosa (PTdoB) também não é! Ela saiu “fumaçando” da sessão desta terça-feira, dia 08, com a certeza – conforme ela mesma – de que qualquer requerimento apresentado na Casa de Mário Guimarães, que venha a incomodar o prefeito, será derrubado previamente.

O motivo: fragilizado ainda por conta da “máfia do lixo” e de outras denúncias, qualquer assunto pode se tornar uma crise sem proporções para o prefeito Cícero Almeida (PP). Por isto, com ampla maioria na Câmara Municipal de Maceió, a ordem é “blindar”. O assunto já foi comentado aqui antes e – conforme já dito (e isto não é nenhuma profecia) – vem se cumprindo. O silêncio da Câmara Municipal em relação às denúncias que envolvem a Prefeitura Municipal de Maceió afasta cada vez mais a Casa comandada por Galba Novaes (PRB) do título que os vereadores reivindicam para si: representantes legítimos da sociedade na “caixa de ressonância dos sentimentos da população”.

A mais recente prova de devoção silenciosa por parte dos edis da bancada governista é a derrubada do requerimento de Silvânia Barbosa que apontava possível falta de merenda nas escolas da rede municipal de ensino. A falta de merenda é apontada pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e – conforme a vereadora – esta se dá por conta do não repasse da contrapartida da Prefeitura Municipal – que é de R$ 0,15 por aluno – para completar o que já é enviado pelo Governo Federal, cumprindo assim o cardápio dos meninos e meninas que frequentam a escola pública, muitas vezes assistindo aula com fome!

O que custava aos vereadores esclarecer o fato? Até mesmo dá o direito da Prefeitura Municipal mostrar que vai tudo bem com a merenda, que não falta comida para ninguém, que tudo não passa de delírios da opositora Silvânia Barbosa? Respostas que ecoam no sepulcro caiado dão a entender que pela verdade se paga um preço; mas pelo silêncio, também se paga. Resta saber qual a moeda dada por um e pelo outro!

A matéria no corpo do Alagoas24Horas mostra de forma objetiva os questionamentos que foram feitos pela vereadora, que foram acompanhados apenas – no sentimento de revolta e solidariedade – por Heloísa Helena (PSOL). Silvânia Barbosa até perguntou – em relação à falta de medicamentos (assunto tratado anteriormente): qual a diferença entre um assassino e uma autoridade que deixa faltar medicamentos para uma criança diabética?! Eu ampliaria: e se tiver faltando de fato merenda? Há diferenças ou semelhantes entre os dois personagens citados na indagação “silvanesca”?!

Mas, sejamos justos! Vai que não esteja faltando merenda. Vai que é delírio de Silvânia Barbosa e a bancada governista já sabia que é delírio, por terem seus filhos estudando na rede municipal de ensino. Por verem – todos os dias – como os rebentos retornam para casa com a “barriguinha forrada” diante do cardápio cumprido rigorosamente. Epa! Mais espera um pouco: quantos vereadores possuem seus filhos estudando em escolas públicas e dependendo de merenda escolar?! Quantos mesmo?!

E o cidadão comum, que paga impostos para ter uma “caixa de ressonância”, só queria saber: falta ou não falta merenda escolar? O espaço deste blog está aberto ao secretário municipal de Educação, Thomaz Beltrão, caso queira responder sem precisar de audiência pública alguma. Eu espero e PUBLICO!

Mas, mudando de assunto, algo de bom foi feito hoje na Câmara: a aprovação da Comissão Especial de Investigação dos combustíveis. Querem saber porque Maceió pratica um dos preços mais caros do país! Que o relatório-diagnóstico que vier desta CEI aponte causas. Por que esta CEI foi aprovada? Ah, porque os vereadores se sensibilizaram profundamente com o aumento do fim de semana. Mas, como perguntar não ofende: e se os postos de combustíveis fossem órgãos da administração municipal? Ainda bem que não são…

Veja Mais

Deixe um comentário