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Luis Vilar

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E o PDT contra-ataca para cima de Paulão

A guerra entre José Costa e Ronaldo Lessa (PDT) deixou os pedetistas aflitos em Alagoas. Isto porque, o partido vê em Lessa a possibilidade da retomada dos “dias de glória” da esquerda alagoana. Não é por acaso que Ronaldo Lessa se afastou do Ministério do Trabalho para se aproximar das bases eleitorais e tentar costuras audaciosas com o PSol e com o PCdoB.

Lessa simpatiza com a candidatura de Heloísa Helena à prefeitura de Maceió e quer ser seu vice na chapa, mas o partido quer uma inversão nesta dobradinha, que já deu certo no passado, mas que na atualidade encontra diversos empecilhos. Alguns, dentro das próprias agremiações.

Preocupados, os pedetistas acreditam que todos os ataques que surgem a imagem de Ronaldo Lessa é uma questão política. O mais recente veio de José Costa, que acusa o ex-governador de Alagoas de ter se beneficiado com o esquema das taturanas do Legislativo. Este capítulo todo mundo viu.

Agora vai sobrar até para o deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT). De acordo com um dos dirigentes partidários, o PDT vai solicitar que o representante do partido na Casa Tavares Bastos – o deputado Jota Cavalcante – peça informações sobre o empréstimo retirado por Paulão, que foi exposto em Tribuna pelo parlamentar indiciado João Beltrão.

O PDT vai adotar a política de que a melhor defesa é o ataque. Tudo isto porque Paulão já afirmou na imprensa que Ronaldo Lessa foi o “grande mecenas” das Taturanas. Porém, justiça seja feita. A declaração do petista é anterior as de José Costa. Paulão fez este comentário pela primeira vez ainda em 2006, quando Lessa era candidato ao Senado Federal, logo depois do rompimento entre os petistas e os pedetistas, durante campanha que elegeu Teotonio Vilela Filho (PSDB) como governador de Alagoas.

Se há um personagem novo nesta história é o José Costa e não o Paulão. É fato que as acusações soam de forma estranha por aparecerem justo no momento em que Lessa ensaia um retorno as disputas eleitorais. Porém, é hipocrisia dizer que a afirmação de José Costa nunca circulou na imprensa. Quem lembra do dia em que foi deflagrado a Operação Taturana, há de lembrar também do erro que alguns veículos de comunicação cometeram anunciando a prisão do ex-governador.

O erro pode ter sido um ato falho, já que por diversas vezes o aumento do duodécimo no governo passado foi questionado. Agora, se Lessa é culpado, há de se questionar porque nenhum dos que passaram pelo Poder Executivo – preocupados com uma prestação de contas – cobraram em público o real gasto do parlamento. Afinal, é preciso dar a César o que é de César.

No caso de Ronaldo Lessa, há coisas a serem explicadas sim. Em nota oficial, o PDT diz que o aumento foi dado pós-Lessa, porém antes de Vilela. Então seria Luis Abílio? Aliás, o aumento dado possui base legal?

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