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E o porquê da briga pelo estaleiro?

Depois das eleições, trocam farpas os grupos políticos dos senadores Fernando Collor (PTB), Renan Calheiros (PMDB) e do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) na briga pelo estaleiro Eisa SA, o terceiro maior do mundo, a ser (ainda?) construído nas praias de Coruripe.
Ambos os grupos usaram o Eisa como mote de campanha; ambos os grupos se acusaram (e se acusam) em um possível fracasso na instalação do empreendimento, que parece anunciado.
Ambos mostram cacife político em Brasília, dizendo-se capazes de trazer um estaleiro que pode balançar a economia de uma região, mas sem alterar o tecido social do lugar.
Ambos se apoiam em uma possível captação de votos do empreendimento que não existe, de fato. E não ajudou a eleger o ex-deputado federal João Caldas- buzinando o som fantasma da obra megalômana na TV.
Os maniqueísmos são bem vindos aos dois lados. Mas, longe do lobo mau ou da fada madrinha, Vilela, Renan e Collor tem olhos em 2012 e 2014.
Há o capital político: mais de dez mil empregos em uma região, revertendo-se em votos para manter todos na crista da onda local.
Há o capital financeiro: milhões de reais rrigando campanhas de deputados estaduais, senadores, candidatos ao Governo, usineiros em eterna crise.
Além de ajudar uma região a manter um padrão de coronelato: lideranças locais elevando seus herdeiros- girando- no mesmo lugar- as engrenagens políticas. Um movimento que favorece aos que estão com olhos fora de Alagoas.
Neste caso, Collor, Vilela e Renan.
Collor é candidato a reeleição; Vilela disputa a única vaga ao Senado em 2014- hoje ocupada pelo ex-presidente da República.
E Renan? Corre por fora. Tem o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB) ou o deputado federal Renan Filho (PMDB) como "poupanças eleitorais".
Ou o ex-vice-governador José Wanderley Neto (PMDB)- se valer a união política com o governador Téo Vilela.
O grito do estaleiro pode incrementar ou destruir a campanha de quem quer que seja. Basta manter o atrito entre os grupos funcionando a minúscula política local- mesmo que isso signifique nunca ver, de verdade, um navio indo ao mar, em Coruripe.

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