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É outra coisa

Pouco se divulga de forma bastante clara, mas o que já foi dito sobre as investigações realizadas pela Operação Taturana evidencia valores estarrecedores movimentados por alguns dos acusados pela Justiça e indiciados pela Polícia Federal.
E alguns detalhes podem ser “pescados” daquilo que se ouve, como por exemplo a tentativa de desviar o “grosso” da acusação para a questão do armamento, quando o mais sério e grave é o desvio de dinheiro.
Ou a determinação já demonstrada pelos responsáveis pela operação, que mais uma vez têm reiterado cumprirem ordens superiores que exigem a apuração dos fatos até o final.
E ainda as revelações que são feitas acerca de folhas antigas de pagamento, nomes e mais nomes que, voluntariamente ou não, estão sendo envolvidos sequencialmente, como se a teia não tivesse mesmo fim.
Com a volta das sessões da Assembléia, retoma-se uma normalidade aparente mas há ainda muito a se fazer, tanto por quem, livre de acusação, se interessa em defender a instituição, quanto pelos que estão indiciados pela PF.
E nem adianta cobrar atitude da população, porque este tipo de mobilização, nestas e em outras horas, é muito difícil de acontecer por aqui.
O certo é que cinco dias depois de deflagrada em Alagoas, a operação “taturana” dá, sim, nítidos sinais de que se trata de algo diferente do comumente visto, apesar da pirotecnia de sempre e alguns excessos perfeitamente evitáveis, mas que já fazem parte das ações.
Podemos estar diante de um caso em que a acusação vai ser mais abrangente, provocando situações irreversíveis, embora isto não signifique dizer que, lá na frente, a mesma velocidade venha a se consolidar com condenação judicial.

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