Usuário Legado
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Neste longo final de semana, que separa o nome do novo chefe do Ministério Público de Alagoas e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), o tucano da caneta e da decisão final no MP, qual deverá ser o resultado? Qual dos caciques conseguiu articular seu nome na Procuradoria Geral de Justiça?
Será que os senadores João Tenório (PSDB), Renan Calheiros (PMDB) e o vice-governador José Wanderley Neto (PMDB) deram o empurrão necessário para "emplacar" Lean Araújo?
Ou, quem sabe, o senador Fernando Collor (PTB), longe de Alagoas e olhos bastante próximos do Palácio de Vidro do Centro de Maceió, teve as estratégias mais bem traçadas e delineadas e conseguiu pontos para Eduardo Tavares Mendes?
Ou – ainda- o atual chefe do MP, Coaracy Fonseca, alimenta alguma chance de uma indicação não-política com Givaldo Lessa, à frente de um novo e imprevisível MP?
Quem perdeu?
Bem, perdeu a Polícia Federal, atingida pela divisão de grupos no desunido Ministério Público;
perdeu a sociedade, conhecendo melhor a dificuldade interna dos promotores e procuradores de exorcizarem seus problemas, comprometendo até a própria vida do MP, resumindo-a a uma disputa de comadres, onde tudo se converte em um balcão de negócios e no final todos dançam tango, sem pânico;
perdeu o governador- de novo- ele mesmo atrapalhado em decisões mais rápidas, estratégicas e menos traumáticas ao próprio MP. instituição cansada desta subordinação ao Executivo, ele mesmo um poder com tentativas de independência.
E quem ganhou? Quem o chefe do Executivo escolher, claro.
Mas, esta vitória deve chegar a ponta e suas ações à sociedade? Isto, só mesmo o contexto de trabalho do novo comandante do MP vai nortear.
Ou suas ações- espera-se- transparentes e públicas. Sem a interferência- também espera-se- dos caciques ou dos "pedidores" de votos e suas falanges sagradas.