Usuário Legado
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Em tempos de investigação da polícia dentro da polícia- como se vê no Rio de Janeiro ou Pernambuco- há de se perguntar quando a Secretaria de Defesa Social de Alagoas se cansará da sua banda podre, retirando o Estado das estatísticas nacionais de campeão nacional de homicídios.
Índices que não são apenas ligados à “moçada da droga” e não dependem apenas de “uma munhecada” para serem alterados.
É o enfrentamento da impunidade. O persistente descrédito alagoano nas autoridades constituídas. Apesar delas mesmas- em alguns casos- sobreviverem em rincões de Alagoas porque um prefeito paga a gasolina ou a casa de um promotor. E o juiz não ofende agregados políticos, arquivando sentenças.
Na Barra de Santo Antônio, por exemplo, dois presos- o Ratinho e o Cata-Arroz- foram decapitados depois de arrastados da delegacia. Foram executados por policiais civis. Isso em 2007.
No Natal de 2010, uma autoridade policial na cidade de Matriz de Camaragibe recebeu, como presente de um conhecido pistoleiro da região, um carneiro de 30 quilos.
Era o pagamento a autoridade, que não apreendeu a moto ilegal do integrante do Sindicato do Crime.
A troca de favores- características da vassalagem- são fenômenos sobreviventes desse passado violento e atrasado na polícia de Alagoas.
O Celta branco, pilotado pelo cabo aposentado da Polícia Militar, circulando livremente entre São Luiz do Quitunde, Matriz, Porto Calvo, Barra de Santo Antônio e Paripueira extorque alguns comerciantes. Um caso conhecido pela sociedade local. Dá-se o mesmo como serviço de inteligência das polícias civil e militar?
Um policial militar aprendeu, na pistolagem, uma forma de incrementar o tão criticado "bico" nas polícias. Ajuda em roubo de cargas e em execuções, de modus operandi conhecido entre outros policiais.
As três casas de baralho, funcionando clandestinamente em Matriz de Camaragibe (uma na antiga rua do Rela, a outra na rua do Hospital e a terceira no Centro da cidade, a 150 metros da delegacia) viraram o símbolo de que, no crime, as regras são claras. Claras como a jogatina: a casa que funciona no Centro é para o público “mais pobre”. Nas outras duas, autoridades laureadas apostam fichas entre mil e dez mil reais.
E o jogo segue proibido, na letra fria e morta da lei, estampada no papel.
Em troca de um favor, um terreno público, da mesma região Norte, foi doado a um delegado. Isso antes de uma conhecida operação da Polícia Federal- prendendo o prefeito- por desvio de verba pública.
E o filho de um delegado, que é advogado, trabalha na Prefeitura da mesma região, já varrida pelos agentes da PF.
E o delegado ajuda a roda da impunidade: recebe propina de pousadas e traficantes locais, mantendo o avanço descontrolado da “moçada da droga”.
A propina é para cobrir as menores de 11, 12 anos, servidas como banquete em camas quentes ou regadas a bebidas, pagas com dinheiro público.
Um dia, o crime no Rio ou Pernambuco, nas polícias, precisou ser enfrentado. E quando chegará a vez de Alagoas?
Farra pública
A cidade de Carneiros está em festa. Sem licitação, a Prefeitura contratou, por R$ 115 mil, empresa para organizar a 23ª Festa do Trabalhador. Atrações: Banda Chicabana e Cavaleiros do Forró.