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Quem herda o espólio eleitoral do prefeito Cícero Almeida (PP)?
No ano de preparação para as eleições municipais, é natural que todos os caciques políticos se movimentem com vistas a 2012 e 2014.
O Palácio República dos Palmares, por exemplo, tem duas opções- por enquanto- para a Prefeitura de Maceió: os deputados federais Givaldo Carimbão (PSB) e Rui Palmeira (PSDB).
Carimbão é uma das poucas chances para a reativação política do PSB- o partido mais forte do final do século passado e início deste em Alagoas- mas em processo de dilapidação.
A vaga de Alberto Sextafeira (PSB) na Assembleia Legislativa e o resultado eleitoral da ex-prefeita de Maceió- e atual secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Kátia Born, mostram que o tamanho do PSB é sim uma preocupação ao próprio PSB.
Rui Palmeira é- também- uma das poucas chances dos usineiros renovarem o seu papel nos rumos políticos do Estado, através de uma liderança jovem. O ex-governador- e pai de Rui- Guilherme Palmeira era esta condição nas décadas de 70 e 80, junto ao ex-governador Divaldo Suruagy.
Vide os discursos de Guilherme no Senado, em defesa do setor sucroalcooleiro- sempre em “crise”, no Estado.
O último representante do setor- no Senado- João Tenório (PSDB)- usineiro e líder da Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool- poderia ter este papel de liderança, mas a função específica dele era turbinar o grupo de usineiros- ou ligados a usinas- na política local. Neste caso, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o vice dele, José Thomáz Nonô (DEM).
Passou-se sua página na história, tarefa- pelo visto- assumida pelas mãos de Rui Palmeira- se conseguir aglutinar as mesmas forças conservadoras do passado que alçaram seu pai ao Palácio República dos Palmares e, consequentemente, Brasília.
Mas, e o papel do prefeito Cícero Almeida?
Oscar de Melo (PP) é líder do prefeito na Câmara de Vereadores, mas não deve herdar- ainda- a liderança de Almeida a chefia do Executivo.
Além disso, tem ligações diretas com o grupo de João Tenório- que inclui Rui ou Carimbão na disputa por Maceió.
Galba Novaes (PRB) pode ser a alternativa dos senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB) se recuperarem do fracasso eleitoral de 2010.
Ele pode ser o herdeiro de Cícero Almeida. Mas, o seu grupo não é o do prefeito- e sim oposição a ele “até segunda ordem”, como diz Collor.
Cícero Almeida ainda permanece como no ano passado: sem um herdeiro natural, alguém nascido das entranhas de sua administração- como um dia foi Alberto Sextafeira, natural candidato a prefeito de Kátia Born, chefe do Executivo Municipal, na época.
Mozart Amaral, secretário de Infraestrutura, é e não é este herdeiro- dúvida que Almeida não faz questão de resolver.
Na Câmara, a bancada do prefeito é heterogênea e não há um vereador capaz de disputar, com carne eleitoral, a chefia do maior colégio eleitoral do Estado- Maceió.
Pode ser Galba Novaes, ligado a Collor, voltando a condição acima.
Ou pode não ser ninguém- e Almeida passaria a história aquilo que a mesma história considerou Collor: um outsider da política.