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A reunião do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) com representantes dos poderes ontem, no Palácio República dos Palmares, surtiu o efeito desejado pelo Executivo mas ninguém quis retirar, do bolso, sua contribuição para diminuir a crise em Alagoas.
Todos esperavam uma posição da Assembleia Legislativa e a Assembleia esperava a manifestação de alguém. E nada.
O Governo aposta no impacto dos números, mostrados ontem e hoje, para "sensibilizar" os gestores.
De fato, segundo informou uma fonte palaciana, todos se assustaram com as cifras negativas do Fundo de Participação dos Estados (FPE); com as arranhaduras no ICMS. Há também uma alternativa do Governo de mostrar, a cada trinta dias, a receita do Estado e os gastos. Mas, sem falar nada, Vilela não ouviu resposta. E ao que parece, ela não virá.
Em dados, a Assembleia pode reduzir seus gastos em menos R$ 12 milhões/ano, sem considerar os escândalos de corrupção, assunto desagradável às excelências; o Tribunal de Contas, segundo o portal Transparência, gastou ano passado R$ 498.311,35, incluindo festas (R$ 2.570,30), material para cama, mesa e banho (R$ 1.697,06), diárias (R$ 223.686,00) e despesas com passagens aéreas (127.482,92). Não se contam serviços funerários nem os gastos para a confecção de bandeiras no mundo de civismo dos conselheiros do TC.
Não é tarefa fácil cobrar colaboração, ainda mais do povo. Lição de civismo dos governos de Alagoas, que ajudaram a falir o banco do Estado, o Produban, transformando dívidas de grandes usinas de açúcar e álcool em créditos estatais, além dos sucessivos perdões, assunto pouco divulgado, diferente da atual crise, esta, sim, de todos.
E, novamente, os usineiros de Alagoas disseram à secretária da Fazenda, Fernanda Vilela, que não conseguem vender seus estoques porque ninguém compra. Sem comprar, a arrecadação diminui. E a roda não para de girar.
Aliás, Fernanda Vilela falou hoje sobre a crise por estas bandas e aposta na execução fiscal, o pagamento das dívidas de alagoanos, para criar uma gordura na máquina pública. Além dos cortes, ainda não revelados. Ela descartou a criação de novos impostos.
Administrar um estado falido é incômodo a Teotonio Vilela. Usinas e poderes tinham dinheiro, em 1997, para sair de outra crise, e não dividiam suas gorduras para aliviar o funcionamento da máquina; hoje, as usinas estão em quase-falência; os poderes, a julgar pelo Tribunal de Contas, expõem seus cofres vazios, claro, para este caso. O dinheiro é dinâmico e os interesses para seus usos também.
É o humanismo, em tempos de crise, e a piedade cristã dos tachos que sempre rasparam os cofres, hoje mais vazios do que nunca. Não para todos os bolsos.

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