Efeito retardado

Ao superar em desempenho de vendas todos os estados brasileiros, alcançando o dobro do crescimento nacional no último trimestre, o comércio de Alagoas está “bombando”, como costuma dizer Maridete Moura, presidente da Aliança Comercial dos Retalhistas. E a garantia do pagamento do décimo-terceiro salário para quase todos os servidores estaduais (alguns já receberam, no sistema antigo de contemplar os aniversariantes do mês) ainda prevê dias melhores em dezembro.
Isto requer uma ação maior do policiamento ostensivo, que não tem impedido a ação de grupos de meninos e adolescentes que atacam pessoas nas ruas do centro, roubando-lhes correntes, pulseiras, relógios, bolsas, tudo o que possam levar.
Mas, há algo que pode aumentar o tumulto e tirar de vez toda a tranqüilidade dos que irão as compras nos últimos dias do ano: o risco sempre iminente de que os camelôs, isolados no tal shopping a céu aberto, que nunca fez jus a este nome, decidam ocupar espaços nos calçadões, por não verem cumprida a promessa de que seriam alojados em local melhor e de maior movimento.
Aliás, este é apenas um dos grupos que hoje tiram o sono do prefeito Cícero Almeida e podem se constituir em bombas de efeito retardado com conseqüências imprevisíveis. Os outros são os agentes de saúde que lutam por efetivação e os artesãos que comercializam na praia da Avenida da Paz.
Almeida vai precisar agir rápido.