Usuário Legado
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Está em Brasília o foco para a extração do secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, e o delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, de Alagoas. Esse é o entendimento da cúpula da secretaria. E se exclui o senador Renan Calheiros (PMDB) dessa rede de influências. O nome que circula na cúpula é o de um deputado federal. Mas, não só o dele. As investigações do assalto à Caixa Econômica Federal, no Centro (onde foi morto o policial civil Anderson de Lima) e o furto de armas da Delegacia Geral da PC aparecem pelo caminho.
Nas investigações do assalto, estão os nomes de um delegado e um deputado estadual; no furto da Polícia Civil, também é citado um delegado nas investigações. E a lista se amplia: há a chacina de Roteiro, com a morte do prefeito Val do Agenor; o assassinato do vice-prefeito de Pilar, Beto Campanha.
Na caixa preta dos rumorosos crimes de mando em Alagoas, aberta pela cúpula, vem a rede de influência claramente política. E nesta caixa estão deputados estaduais, prefeitos, deputados federais- e mesmo os sem-mandato – na tentativa de espantar, antes do final do ano, Rubim e Barenco da Defesa Social. Delegados estão incluídos nesta lista. Cresce a pressão contra o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Ele terá que pedir a ambos a entrega do cargo ou a demissão. A primeira hipótese é a mais crível.
Há quatro anos, o então presidente da OAB, Marcos Mello, disse que o caixa de campanha das eleições no Estado tinha profunda ligação com os assaltos a banco e os roubos de carga. Neste ano, os assaltos a banco e os roubos de carga diminuíram. A fonte da lavagem de dinheiro secou; aumentaram os assaltos a varejo, aos caixas eletrônicos (longe de serem comandados pelos cheira cola da praça Dom Pedro II, em frente a Assembleia); os delegados não podem ser transferidos no interior do Estado (alguns são mantidos); o poder público, em meio a crise financeira internacional, escasseia em dinheiro; as usinas alagoanas fecharam os cofres e estão em recuperação judicial.
Menos dinheiro em 2010, uma campanha para recuperação de espaço pós-Taturana e menos condição de articulação. Por outro lado, mais pressão na classe política, sob incremento da banda podre da Polícia Civil. A banda podre que nos ensinou que os assaltantes de banco são presos e nunca ouviram falar do dinheiro; os ladrões de carga detidos e nunca estão com o produto do assalto nas mãos. É a banda podre que nos falaria do roubo de R$ 300 milhões da Assembleia feito por uma quadrilha de aposentados ou pelos cheira-cola que moram em frente a Assembleia. Um massacre do aparelho político-eleitoral.