Luis Vilar
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
Um novo capítulo pode ser escrito na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, que ainda está longe de ser passada a limpo, como pregou o ex-presidente interino Alberto Sextafeira (PSB). Trata-se das novas eleições para a presidência da Casa de Tavares Bastos. A sessão desta terça-feira – se houver sessão – pode ser presidida ou por Zé Pedro (PMN), ou por Gilvan Barros (PMN).
A condição de Zé Pedro – que sempre foi inexpressivo no parlamento – assumir uma presidência é surreal e quem acompanha de perto o cotidiano do Legislativo sabem muito bem disto. Zé Pedro é marcado pela sua mudez e descrição. É um parlamentar que pouco opina. Só lembro de tê-lo visto uma única vez na Tribuna. Tanto é assim, que a possibilidade de passar o bastão para Gilvan Barros, que é um dos mais experientes da legislatura, é grande.
Enquanto isto, as articulações são costuradas. Antônio Albuquerque (sem partido) – ainda que afastado – deseja marcar território e deve ter pesadelos horríveis com a chamada “perda do poder”. Albuquerque deve participar das articulações de uma nova Mesa Diretora, até porque ainda crê em seu retorno ao parlamento. Possibilidade cada vez mais remota.
É ai que pode entrar a candidatura de Jota Cavalcante (PDT), que ao lado de Ricardo Nezinho (PTdoB), foi fiel escudeiro de Alberto Sextafeira (PSB), que por sua vez passou quase todo o período da presidência tentando convencer que não era subserviente aos interesses do taturânico presidente afastado. Por outro lado, o Executivo deve vir com o nome de Fernando Toledo (PSDB), que já adiou, inclusive, os planos de ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. Órgão – que segundo Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT) – deveria ser extinto.
Por falar em TC, como anda a auditoria no Legislativo que foi anunciada pelo presidente Isnaldo Bulhões? Parece que nunca saiu do canto. Parece que o ofício foi jogado no lixo. A comissão só ocupou mesmo espaço em um pequeno canto de uma das páginas do Diário Oficial.
Mas, retornando ao assunto: Fernando Toledo pode ser uma boa saída para o Executivo, que precisa se posicionar em relação à crise institucionalizada. Nem tudo pode ser aceito em nome da governabilidade. Porém, além de Toledo e Jota Cavalcante, dois nomes podem surgir para disputar a presidência: Gilvan Barros e Judson Cabral (PT), que já foi candidato contra o – na época – “todo poderoso” Antônio Albuquerque.
O agropecuarista Gilvan Barros pode aparecer como um nome de consenso, justamente por ser um pêndulo que não balança diante da crise vivenciada no Legislativo. Em outras palavras, se o circo pegar fogo, Gilvan Barros pode usar a tribuna para falar do “avanço da dengue em Alagoas”.
Enquanto isto, em Jaraguá, o trabalho da Polícia Federal continua. A cada passo, novos nomes são inclusos na lista dos taturânicos. Ex-deputados e deputados podem aparecer; e mais uma vez a ciranda dos conchavos e consensos pode ser mexida. O clima é de total incerteza. Afinal, ainda é difícil saber quantas fábricas de leite, amantes, times de futebol, carrões, televisões de plasmas, entre outros mimos, a Assembléia Legislativa avalizou…
Surpresas? Com a calmaria com o que o inquérito anda, podem surgir a qualquer hora! Agora, o que não se pode é a Taturana perder o foco e todo mundo achar que se investiga empréstimos fraudulentos. Lembre-se, o buraco é mais fundo! Não era roubada sequer a sobra do duodécimo, era patrocinado de um tudo com o duodécimo do Poder Legislativo, quiçá campanhas eleitorais. Os empréstimos – infelizmente – é apenas uma das modalidades desta olimpíada da corrupção.
Sendo assim, até entre os indiciados há os piores e os "melhores"; os de menor e maior periculosidade…