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A recuperação, desde o ano passado, dos 940 quilômetros de estradas federais que cortam Alagoas e os R$ 80 milhões gastos até o ano que vem nas obras não estão diminuindo os acidentes no trânsito. As conclusões são da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT).
Em Alagoas, segundo os dirigentes das duas instituições, o Governo Federal optou em não colocar em prática a “Operação Tapa Buraco”, iniciada em 2006 e que prevê, até o ano que vem, a recuperação de 26 mil quilômetros de estradas federais.
A proposta é maior, conta o dirigente do DNIT. “Tudo está sendo recuperado, os buracos tapados, recuperação dos acostamentos e sinalização, mas a imprudência dos motoristas está em primeiro lugar nos acidentes de trânsito. Nós temos dados que apontam que as estradas estão em quinto colocado nos motivos de acidentes em Alagoas. E, neste último, como a BR 101, o que acontece é que o traçado da pista é perigoso, mas estamos resolvendo isso”, explicou o superintendente do departamento, Fernando Fortes Melro Filho.
Números que chamam a atenção: ano passado, foram 140 mortes, 1.620 acidentes e uma cena comum: nas BRs 316 e 101, cortando o Sertão até a capital, as “igrejinhas”, cruzes erguidas nos acostamentos, uma “lembrança” dos mortos ao longo da pista e que contrastam com uma visão da natureza quase intocada.
“A imprudência é tanta que até os trabalhadores do DNIT, que estão fazendo a recuperação, são obrigados a corrigir falhas. Por exemplo: há motoristas que não esperam a pista secar para passar com o carro, apesar da sinalização”, diz Melro Filho.
“Os acidentes não está diminuindo e as estradas não são o problema. Temos a imprudência dos motoristas, mas de 2005 para cá tanto os acidentes quanto as mortes estão crescendo”, explica o inspetor Jefferson Santos, chefe da 1ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal no Estado.
Para tomar conta das seis rodovias federais, a PRF alagoana tem 166 homens, quando o mínimo deveria ser o dobro. “A lei seca vem ajudando a reduzir aos poucos os acidentes e também o número de mortes. Acredito que até o final do ano, os dados serão diferentes”, avaliou. A PRF tem seis bafômetros para fiscalizar os motoristas. “As rodovias também entram em áreas urbanas, o que acaba servindo de motivo para acidentes, mesmo assim, por causa da imprudência”, conta.
Até dezembro, a proposta do DNIT é recuperar toda a malha rodoviária alagoana. “Temos ainda partes destas estradas que nunca foram asfaltadas e estamos incluindo isso. Em 2010, há o projeto de duplicação da BR 101, para corrigirmos o traçado da pista”, afirmou o superintendente do departamento.