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A falta de parceria, em políticas públicas, para os assentamentos rurais, vai arrastar a reforma agrária, em Alagoas, para os próximos 40 anos. A expectativa é do próprio Incra.
Mas, o mais impressionante é que o episódio envolvendo o deputado Arthur Lira e os trabalhadores sem-terra, em Major Izidoro, trouxe um dado relevante: se as bases de cálculo do Incra fossem alteradas, em Alagoas, 40% das áreas da cana de açúcar seriam consideradas improdutivas, ou seja, destinadas a reforma agrária. Hoje, os cálculos são de 140 mil hectares, incluindo as terras de Arthur Lira, que os movimentos juram pertencer ao pai dele, o deputado federal Benedito de Lira.
Os 140 mil hectares de terras improdutivas, de acordo com o superintendente, Gilberto Coutinho, significariam o fim da miséria em Alagoas. É como se os 1,2 milhões de dependentes do Bolsa Família tivessem a opção de transformar o campo em lugar de produção.
Alagoas tem a maior concentração de terras no Brasil; para o superintendente do Incra no próprio Governo do Estado, não existe entrosamento entre o Iteral, o instituto de terras, e a Secretaria de Agricultura. O crédito fundiário é um exemplo disso.
“Falta articulação nas políticas estaduais e federais no Estado”, diz. As declarações foram dadas no Café Camponês, na Feira Camponesa, na praça da Faculdade, em Maceió.
Nos municípios, também não existe colaboração quando se fala em agricultura familiar. A Associação dos Municípios, diz Coutinho, “nunca chamou o Incra para conversar”. Diz o instituto: em 2009, serão investidos R$ 85 milhões na reforma agrária, incluindo a infraestrutura dos assentamentos; em 2010, R$ 115 milhões.
ASSEMBLEIA
Claro que a lentidão da reforma agrária em Alagoas tem sim a sua parcela no Incra. Porém, é interessante notar que, ao se falar em reforma agrária, o instituto já sabe com quem não deve contar: a Assembleia Legislativa. “Lá estão os latifundiários de Alagoas”, diz Coutinho.
PT SEM CHAPÃO
O superintendente do Incra é candidato a deputado federal e filiado ao PT. Disse que o partido deve fazer “todos os esforços, em todas as correntes” para dizer, de um lado, não ao “chapão”, formado pelos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor; do outro, eleger o delegado da Polícia Federal, José Pinto de Luna, ao Senado.

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