Usuário Legado
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A foto ao lado, do jornalista-poeta Luis Vilar, tem um simbolismo cordial: na frente, o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB); atrás dele, o prefeito Cícero Almeida (PP) e o secretário de Governo, Pedro Alves.
São coisas da política e do futuro. São os novos tempos. Carimbão- pelo menos é o que ele quer- deseja o apoio de Almeida daqui a quatro anos para se candidatar a Prefeitura de Maceió. Carimbão é do PSB, logo aliado da secretária de Ciência e Tecnologia, Kátia Born, logo inimiga de Almeida. Logo, Carimbão e Born viraram inimigos.
Carimbão não possui a confiança de assessores e os poucos conselheiros diretos do prefeito. É chamado de tudo: "raposa", "homem dos próprios interesses" etc. A política também é a arte de estar surdo diante do vozerio alheio.
Pedro Alves é do PDT. Velho aliado do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Sua habilidade chama a atenção: graças a ele, prefeitos e vereadores eram recebidos no Palácio Floriano Peixoto, na era Lessa. Mas, Lessa não queria saber deles. Alves consolava os políticos distantes do governador.
Alves resolveu a crise com os agentes de saúde, carregando nas malas as promessas do prefeito. Naquele instante, os dois líderes do prefeito na Câmara, José Márcio e Chico Hollanda não conseguiram uma solução negociada com os agentes.
Pois bem, o velho aliado lessista entra no jogo para apaziguar os ânimos com a Câmara de Vereadores, depois do efeito destrutivo causado pelo prefeito na eleição da Mesa Diretora do Legislativo Municipal.
A intenção de Almeida não é atrair Lessa. Nem mesmo com as conversas do conselheiro do Tribunal de Contas, Otávio Lessa, irmão de Ronaldo, na tentativa de chamar os dois para uma costura mais interessante. O prefeito não quer nada com o ex-governador.
E, nas composições, entra um novo personagem, até então não confiável pelo prefeito: o vereador Galba Novaes. Ele será o líder de Almeida na Câmara. Mas, Novaes é aliado do senador Collor de Mello. Ninguém, dentro da gestão almeidista, entendeu a escolha.
Talvez a lógica seja essa: Galba tenta recompor com o presidente da Câmara, Dudu Hollanda, também aliado de Collor. Mas, os dois terão Pedro Alves, aliado de Lessa. Lessa e Collor não se misturam…
Alguém acredita que o prefeito entendeu a própria "grande jogada"?