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Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Enfim mais um fim…

Mais um ano chega ao fim. Como todo fim de ano, é inevitável o balanço a ser feito entre as coisas boas e ruins que se sucederam ao final destes 365 dias. Sempre detestei os ritos de passagens, as milhagens – que não se acumulam da vida – e o bater dos sinos anunciando que perdemos ou ganhamos mais uma hora em nossas vidas (a depender do ponto de vista). Porém, me sinto impulsionado – por uma força oculta (não aquela que derrubou Jânio Quadros) – a refletir sobre o que para mim foi um grande ano em minha vida profissional.

Tenho muito pouco tempo de jornalismo. A estrada para mim começa agora. Porém, o ano de 2007 foi o ano de grandes propostas, algumas até de mudanças radicais, que não as fiz por de fato ter me encontrado, ao menos por enquanto, justamente no canto onde estou. Espero que cada pessoa que me leia, neste exato momento, tenha tido um ano de 2007 tão intenso quanto o que eu tive.

Assisti – participando ativamente – os principais acontecimentos de Alagoas. O Alagoas 24 Horas – ao me oportunizar por em prática o jornalismo de forma livre, consciente, sem pressões e sensata – me colocou lado a lado com a História recente do nosso povo sofrido, que das poltronas de suas humildes casas se espantou com corrupção, assaltos, crimes, dentre outras coisas. Mas, sempre senti – em alguns personagens anônimos deste tempo – que a esperança ainda se faz tão viva e presente.

Depois de cobrir uma operação da Polícia Federal, por exemplo, chegava em casa cansado e abatido, com a certeza em carne viva de que o mundo estava ficando inabitável. Porém, ao saborear o olhar de minha filha, que nem noção da maldade do mundo tem ainda, conseguia me reerguer e me colocar de pé. Tenho uma herança a ir deixando em cada ano que passa: A mudança que começa dentro da minha casa! A violência que eu insisto em combater com palavras. A crença que ainda possuo nos Direitos Humanos (apesar de tão desacreditado por conta dos reflexos de nossos dias e ações). A luta para continuar sendo honesto (talvez esta seja a mais difícil). Enfim, são compromisso que tento renovar quando me vejo frente a frente com tais “ritos de passagem”.

Errei muito. Tanto nas grafias, concordâncias verbais ou às vezes até mesmo um deslize na forma de postar a informação. Porém, em 2007, sempre dormi tranqüilo. Nunca estive em discordância com princípios fundamentais como a integridade, a honestidade e o respeito pelos leitores, de quem de fato sou empregado.

Não fui imparcial. Isto eu assumo. Sempre tomei como norte a defesa do mais fraco e do mais necessitado. A condição de ter a pena da escrita nas mãos me traz a responsabilidade de saber manusear uma espada. Uma matéria tende – por mais simples que seja – a afetar a vida de quem lê. Sempre procurei – e espero ter conseguido – afetar de forma a impulsionar um mundo melhor. É utopia (eu sei), mas é também imparcialidade. Quis deixar algo mais do que a informação pura, nas entrelinhas que andei postando…

Quando digo que 2007 foi intenso, é porque foram grandes as mudanças e o crescimento profissional. E o que de mais belo aconteceu? Pude firmar meus compromissos e engrandecer sem abrir mão da ética, sem ser melhor do que ninguém, mas conseguindo sempre ser melhor do que eu mesmo. Agora, sigo na meta utópica de alcançar o politicamente correto. Não porque virou o ano, mas porque as páginas desta existência viram a cada dia, até chegar à última folha do livro.

Folha esta que nunca sabemos quando chega. Posso não saber quando vou me extinguir, mas quero morrer com algo mais do que a consciência tranqüila. Quero ir – se cedo ou um pouco mais tarde – com a certeza que deixei uma estrada digna. Não digna ao ponto de ser estampada em jornais, ou receber condecorações. Aliás, coisas que detesto. Digna de servir de exemplo para as pessoas que amo: minha mãe, meu pai, minha esposa, minha irmã e minha filha.

Elas estarão comigo – se Deus quiser – no exato momento da virada. Não seremos notícia, mas guardamos em nós um sonho, como se ele já fosse fato! O mundo que queremos pode parecer impossível. Porém, para aqueles que não crêem mais, eu apenas digo e repito, o meu sonho continua sendo inevitável.

Espero continuar com todos vocês aqui no Alagoas 24 Horas. É um local de trabalho que vejo como uma extensão do meu lar. Para todos, leitores, companheiros de trabalho, familiares, enfim…Feliz Ano Novo. Do fundo do coração. Que a virada metafísica sirva para termos compromissos renovados. Cada minuto, cada segundo, cada dor, cada alegria de 2007 foi muito importante para que eu soubesse que o Bem em si nos traz recompensas, muitas vezes não palpáveis ou visíveis, mas de valor inestimável.

Como costuma dizer minha amada esposa: “O amor é um artigo de luxo. Hoje em dia, é uma jóia rara”. Incrível como em minha jornada de posses simples, sempre andei como muitos “artigos de luxo” e uma “caixa invisível de jóias” que eu não trocaria por nada…

Mais uma vez, Feliz Ano Novo e muitas felicidades…

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