Usuário Legado
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Não deixa de ser contraditória a situação do Estado com maior índice de homicídios no Brasil.
Por determinação judicial, os ex-deputados Cícero Ferro (foragido) e Francisco Tenório receberam voz de prisão. Ambos acusados de assassinato, resquícios do insistente coronelato, essa forma de violência ainda tão banal quanto o valor da vida, em Alagoas.
Mas, o deputado Antônio Albuquerque, enquanto Ferro era procurado pela polícia, ouvia, o resultado da votação, na Assembleia Legislativa, de sua posse na vice-presidência da Casa de Tavares Bastos. Deve assumir, em breve, a vaga de presidente, depois de uma nova eleição. Um xadrez do Palácio República dos Palmares.
Albuquerque também é acusado de assassinar o ex-cabo Gonçalves, há 15 anos, em um consórcio de deputados, entre eles, citado pela Polícia Civil, João Beltrão, barrado pela Lei do Ficha Limpa.
A eleição de AA à Mesa Diretora da Assembleia é uma articulação do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), dando respaldo à liderança que, em 2006, assumia a mesma função de todos acima em uma votação: atrair votos de prefeitos, ainda donos de colégios ou currais eleitorais pelo Estado.
Cícero Ferro, Francisco Tenório, João Beltrão e Antônio Albuquerque integraram a ORCRIM- a Organização Criminosa que desviou R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia, em sete anos.
Só que a posição dos quatro, depois de uma eleição, é tão diferente que poderia ser o roteiro de um filme inacabado. Ou uma ópera bufa, de ironia escaldante.