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Extorsão: Juizes cobram posição da Almagis

Magistrados alagoanos estão revoltados com a notícia do envolvimento de um juiz no esquema de extorsão, investigado pela Polícia Civil de Alagoas, onde está citada a delegada Katia Emanuelle, afastada das funções por ordem do delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco.
Segundo os juizes, a Associação dos Magistrados (Almagis) deve se pronunciar sobre o envolvimento ou suposto envolvimento togado, que, supostamente teria recebido uma intimação para depor ao delegado geral, mas teria recusado. Os juizes querem a quebra do sigilo, ou seja, a publicação dos nomes e sobrenomes dos citados.
Eles alegam que o sigilo apenas atrapalha as investigações, "misturando" no mesmo caldeirão os honestos e os desonestos da magistratura de Alagoas.
Não há juiz
Em coletiva hoje, Barenco negou que o juiz apareça no esquema; a Secretaria de Defesa Social descarta; a Polícia Federal também.
Ouvida pelo blog, a delegada Kátia Emanuelle também negou que um juiz esteja no esquema e voltou a afirmar que o empresário Vicente Soares é o "cabeça" da trama. "Não descarto o possível envolvimento dele com pessoas ligadas à política", explicou.
Problemas
Mas, as investigações vão além. Apontam não só para um juiz como um desembargador do Tribunal de Justiça integrantes da trama, descoberta na semana passada pelo próprio Barenco, que acompanha o caso de forma cuidadosa.
Há também uma outra cidade na lista, além de Delmiro Gouveia: é Piranhas, onde, sabe-se, o esquema existia desde o tempo dos assírios.
E o porquê de todo o cuidado em se divulgar nomes e sobrenomes? Para facilitar o "cerco" ao desembargador. No caso do juiz, existem até valores altíssimos pagos a ele, conhecidos inclusive por outros magistrados, para "facilitar" o andamento do esquema.
Parte do valor (80%) era para o "bolso" do eminente togado; os 20% eram rateados aos partícipes do esquema.
Resta saber qual o custo político da quebra do sigilo dentro do TJ, uma faxina considerada necessária a quem deseja o fim do exótico ou da crise quase eterna, gerada pela corrupção nos poderes.

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