Usuário Legado
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O jogador Souza, do Flamengo, foi severamente questionado em programas em rede nacional de televisão por haver comemorado um gol simulando disparar tiros em direção aos torcedores que se encontravam nas arquibancadas, certamente para justificar o apelido de “matador”.
Foram ouvidos jornalistas, psicólogos, árbitros de futebol, todos imbuídos do espírito de análise de comportamento; ao final, o técnico Joel Santana, ainda que entendesse não haver nada demais no gesto do jogador, se rendeu as pressões e disse que já havia recomendado a Souza para não repetir a forma de comemoração.
Peraí, que falso moralismo é esse? Não fomos nós (em me incluo, claro, mas faço coro aos narradores todos de todas as redes de TV) quem criamos a expressão “matador” para identificar os atacantes que “matam” os jogos, precisando de pequenos espaços de campo e de tempo para “fuzilarem” os adversários?
Já ouvi muitos comentaristas criticarem a postura de Vagner Love, por exemplo, sob o argumento de que desde que Ronaldo “Fenômeno” e Adriano “Imperador”, o Brasil deixou de ter um “matador” no seu ataque.
Aí, quando o cara lá no campo resolve assumir a identificação, a turma cai de pau em cima dele. Será mesmo que isto estimula mesmo a violência? O gesto transmite a idéia de que qualquer um pode sair atirando pelas ruas, matando o povo.
Ora, seria melhor cobrar campanhas maciças para combater a impunidade, a corrupção, para por fim a miséria, ao analfabetismo, etc, estes sim fatores que têm levado ao histórico de violência no país.