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Luis Vilar

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Faltaram nomes no PP?!

A reunião do prefeito Cícero Almeida (PP) com os vereadores do partido – ocorrida na terça-feira passada, dia 22 – teve como intuito discutir questões partidárias, já que há muito tempo o partido não se reunia – mas o prato principal foi a crise vivenciada pelo chefe do Executivo diante das denúncias da ‘máfia do lixo’ e – evidentemente – a escolha de um líder para a bancada governista.

O ideal para Almeida era que o nome saísse de dentro do partido que preside no âmbito municipal. Mas, como confirmou um vereador, faltaram nomes. O prefeito precisava de um homem que fosse articulador. Este líder não vinha fazendo falta, por conta da presença constante de Pedro Alves – secretário de governo – nas negociações com a Câmara Municipal de Maceió. Mas, ao que tudo indica a relação ficou um tanto quanto “desgastada”.

Eis então que era preciso eleger o líder. Do PP, nomes surgem: Oscar de Melo, Francisco Holanda, Fátima Santiago, Carlos Ronalsa e Davi Davino. Nenhum destes com o perfil do bravo combatente, que usa a tribuna em defesa do chefe, empunhando a lança tal qual Sancho Pança, a declarar que os gigantes vindouros do lixo são apenas moinhos de vento. Deles, Oscar de Melo até faria este papel, mas não se sentiu à vontade, segundo ele mesmo!

O blog apurou que Oscar de Melo ponderou o desafio e achou melhor que fosse indicado alguém de fora do grupo. Em entrevista, Melo não detalha motivos! Ele diz que o prefeito fez uma boa escolha ao optar por Sílvio Camelo e salienta: “é um vereador que tem voz, é preparado para o discurso e está em sintonia com a bancada governista, em um relacionamento harmônico”.

Na versão pepista, Sílvio Camelo aceitou o desafio de imediato. O próprio vereador ambientalista confirma! Dizem nos bastidores – por pura maldade ou não!? – que sua luta agora será maior do que a briga homérica e ideológica contra os reatores da usina nuclear. Afinal, há bombas bem mais próximas para explodir. E ninguém sabe a direção da radiação de determinadas denúncias. Mas, o ambientalista segue firme e diz: “estou preparado para ter uma relação de harmonia com os vereadores”.

Para Sílvio Camelo, a palavra do momento é diálogo, com todo e qualquer vereador. Porta aberta, para quem quiser recompor com a bancada. Um recado discreto para o comunista Marcelo Malta (PCdoB). Do outro lado, Malta afirma que não foi procurado pelo prefeito e que é sem chances de retornar ao seio almeidista. Nos bastidores, já se fala em futuros diálogos para desarticular a oposição, que apesar de se dizer raivosa, há ainda alguns que batem cabeça a procurada sabe-se lá de quê!

Retornando para a reunião recentemente ocorrida no PP, Oscar de Melo não entra em detalhes, mas diz que nos momentos em que o prefeito se dedicou a falar da “máfia do lixo” jurou inocência. “Ele se disse de consciência tranquila e que não deve”, frisou. Dizem que o prefeito anda preocupado, mas sem dar sinais de que vá perder o bigode outra vez, ou até mesmo perder a cabeça em programas de rádio.

Marcelo Malta

O vereador Marcelo Malta, por sua vez, falou com este blogueiro. Foi incisivo quanto à tese do retorno do “filho pródigo” para a casa almeidista. “Absoluta especulação! Não existe isto. Não fui procurado pelo prefeito, nem por ninguém”. O líder do prefeito avisa: “não conversei com ninguém ainda, mas converso com todos que estiverem propostos ao diálogo. Como disse, esta é a palavra de ordem”.

Camelo ainda negou os desgastes com Pedro Alves dentro da Casa. “Isto não existe. Pelo menos não que eu saiba. Não estou sabendo de nada. Claro que algumas vezes há desentendimentos que são próprios do parlamento, com tantas pessoas que pensam de forma diferenciada”.

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