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Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Fecha a bodega e traz a conta!

A situação caótica das finanças do Estado provocada pelos anos de socialismo frustrado não é mentira. Em alguns órgãos sumiram documentos, quiçá dinheiro. Os autores do rombo precisam ser responsabilizados inclusive penalmente. Cabe as autoridades competentes denunciá-los. Cabe ainda, a estas mesmas autoridades promover uma auditoria na dívida pública do Estado de Alagoas e chegar de fato a quem faliu o Produban.

Cadê o estudo que a Assembléia Legislativa estava fazendo desta dívida? Questões profundas, como a crise financeira de Alagoas devem ser tratadas de forma profunda e não meramente como uma crise política, onde os reajustes salariais são impedidos por vontade do Governo.

Em Alagoas, há uma equação macabra que sufoca a classe trabalhadora e que está estourando agora, no colo do atual Governo. Eis a lógica: Quem deve não paga, quem paga não deve, quem cobrar morre e quem morre não fala! E é então que se explica como em um Estado rico como nosso, sempre falta dinheiro para tudo…

Se 1/3 do que nos foi tirado indevidamente fosse recuperado no atual presente, talvez não tivéssemos mais uma das mais novas frotas de carros de luxo do país; um dos melhores comércios de supérfluos do Brasil; uma loja de grife em cada esquina sempre para os mesmos clientes. Porém, teríamos um pirão com muito mais sustâncias para quem de fato tem fome de cidadania e de melhor remuneração.

Logo, não seria preciso fechar a bodega!

Não se pode deixar de responsabilizar os que passaram. Caso contrário, é matar por inanição, já que sempre se foi tirando, tirando, tirando, até o dia em que seca a fonte. O cálculo para entender o atual estágio de Alagoas é muito simples. No Legislativo, foram quase R$ 300 milhões roubados nos últimos cinco anos. No Executivo, especula-se um rombo – nos últimos oito anos – que ultrapassa os R$ 400 milhões. Só aí, são R$ 700 milhões. Quase 1/6 da dívida pública.

Se somarmos à falência do Produban, ao acordo dos usineiros, e a outros esquemas de corrupção que passaram sem sequer serem descobertos, chegaríamos ao porque do cofre está tão vazio, mesmo diante da riqueza produzida em Alagoas. Que não se esqueça de citar a sonegação do setor dos postos de combustíveis. São milhões perdidos por ano.

E aí, de quem é a dívida pública? Por que ela entra e sai tão rápido nos debates? Por que toda ação ousada de tentar estudá-la afunda e não passa de pirotecnia? Estranha coincidência, mas as repostas para estas questões se confundem com os autores dos assaltos aos cofres públicos. Alagoas sempre foi dada ao costume de colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.

Basta citar que os conselheiros são ex-deputados ou indicação de deputados para fiscalizar os parlamentares, entre outras “atribuições” compensadas com gordos salários. No setor de combustíveis, por exemplo, o Governo do Estado (na gestão de Ronaldo Lessa) havia colocado o sindicato patronal para fiscalizar os postos, na famosa Campanha Nota 10. Exemplos assim são encontrados Alagoas à dentro.

Isto me lembra de uma amiga minha que colocou o filho adolescente para tomar conta do bolo de chocolate que toda a família comeria depois do almoço. Claro e evidente, o garoto comeu todo o bolo. Depois, todos com água na boca riram da travessura do inimputável.

Em Alagoas, são muitas as autoridades travessas e inimputáveis que tomam conta do banquete…

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