Usuário Legado
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Temos o líder do grupo de extermínio, os assassinos, os ladrões de energia elétrica, acusados na Lei Maria da Penha, quadrilheiros. Espalham-se nos poderes, nas prefeituras. Infestam a administração. Carregam seus estandartes republicanos. São os ficha-suja, agora, com passaporte avalizado pela Câmara Federal para participarem da eleição do ano que vem, dependendo tão só da assinatura do presidente Lula, antes do dia 3 de outubro.
Do outro lado, um movimento nacional com 1,2 milhões de assinaturas contra os que buscam a blindagem pública contra investigações e/ou prisões. É o movimento contra os ficha-suja. Agora, as gavetas da política nacional ficam mais evidentes. Nelas, reina a hipotermia, a morte por um esquecimento voluntário. Há uma diferença agora, mais clara, entre os representantes do povo e o povo.
Os representantes do povo tratam a imunidade como uma fortaleza medieval. São construídas contra eventuais guerras. Há o Tribunal de Justiça; há a OAB, o Ministério Público, os órgãos de fiscalização. Depois de uma assinatura presidencial, as muralhas da fortaleza ajudarão a complexa engenharia dos ficha suja. Não simples compradores de votos na periferia. E sim mantenedores também de serviços prestados na Intendência do Sistema Prisional, protegidos por representantes da banda podre do poder Legislativo.
São seus indicados, especiais como o são os que estão do lado de dentro da muralha.
Esse é o conceito da nova imunidade parlamentar. A imunidade contra a tirania da igualdade. Dizem que vão voltar com recorde de votos. São as falas da coação, da pressão, da exigência. Seus herdeiros não podem passar ao largo do poder, afinal, foi sempre assim: são os imunes hoje os traidores de ontem. Os que em 1817 traíram a revolta pernambucana em nome do imperador ou em 1964 contra o comunismo e pela família, duas asneiras em nome da história pouco esclarecida dos militares durante o Golpe em Alagoas e suas relações com os políticos da terra.
Seus descendentes continuam vivos. E na política. E são os ficha-suja. Alguns se renovam, querem entrar no mundo dos privilégios. O mandato é a licença para qualquer coisa: da blindagem a morte por encomenda. Basta ser o escolhido, por livre pressão.