Blog

Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Gessinger fala sobre show em Maceió em exclusiva

Assessoria de ImprensaHumberto Gessinger e Duca Leindecker estarão em Maceió no dia 17 com o Pouca Vogal

Humberto Gessinger e Duca Leindecker estarão em Maceió no dia 17 com o Pouca Vogal

O músico e compositor Humberto Gessinger estará em Maceió no próximo domingo, dia 17, para apresentar aos alagoanos o seu novo projeto, formado com também musicista, letrista e escritor Duca Leindecker: o Pouca Vogal, que vem rodando o Brasil e conquistando novos horizontes. É “Power Duo”, onde os músicos se desdobram no palco, tocando instrumentos com o uso das mãos, dos pés, enfim…liberdade total em um formato limitado por duas pessoas. Um abandono da zona de conforto, levando-se em consideração que Gessinger – com os Engenheiros do Hawaii – e Leindecker – com a Cidadão Quem – surgem de duas carreiras já consagradas na música brasileira.

Deste formato, o resultado não poderia ser outro: música de qualidade. O show acontece na Vox e vale muito à pena conferir. O Blog do Vilar entrevista Gessinger pela segunda vez. Agora, o foco é o show, que traz canções do projeto Pouca Vogal, sucessos dos Engenheiros do Hawaii e os hits da Cidadão Quem. Para quem quiser ouvir o som: www.poucavogal.com.br. Segue a entrevista que Gessinger concedeu a este jornalista.

O Pouca Vogal começou como um projeto intimista, tocando nas cidades do Sul e hoje começa a ganhar o Brasil, com shows em todas as regiões. Como vocês estão encarando a receptividade do público. Há diferenças entre tocar no sul do país e tocar no Nordeste, por exemplo?

Estas diferenças regionais já foram maiores. Mais ainda dá para sacar algumas sutilezas. O bacana é descobrir a onda de cada local, de cada público. Um projeto como o Pouca Vogal, torna esta descoberta mais fácil.

Montar o Pouca Vogal fez com que vocês dessem uma pausa nas bandas Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem, ambas reconhecidas e com seus públicos. O que levou vocês a este projeto? A necessidade de sair da zona de conforto?

O formato é completamente novo, um Power Duo. A gente toca vários instrumentos simultaneamente, com as mãos e com os pés. A fase do trio dos Engenheiros do Hawaii também tinha um pouco disse. Vontade de explorar ao máximo as possibilidades de dois músicos no palco, sem usar sons pré-gravados.

A dupla é formada por dois compositores, escritores, letristas e multi-instrumentistas! Isso ajuda ou atrapalha?

Estas semelhanças ajudam. Nossas diferenças ajudam mais ainda. Acho bem diferente o material que eu escrevo do material do Duca.

Gessinger, uma vez você falou que o que mais se orgulhava em sua carreira era do tipo de fã que conseguiu reunir em torno dos Engenheiros. Com o projeto Pouca Vogal em sido o mesmo? Como vocês observam essa renovação de público?

Há uma continuidade grande. Acho que semeei isso na minha caminhada. Apesar das mudanças de formação nos Engenheiros do Hawaii, sempre houve muita coerência ligando cada passo. Meu público reflete isso.

Engenheiros e Cidadão Quem retornam? Haverá um segundo disco do Pouca Vogal? Como anda o pensamento de vocês em relação aos próximos projetos?

Certamente as bandas voltarão. Mas ainda não sabemos quando e onde. De certo, só a vontade de seguir 100% focado no Pouca Vogal até o fim do ano.

Gessinger, sempre foi visível a influência da literatura e da filosofia em suas letras, como Sartre, Camus e outros autores. Agora, você envereda pela literatura, com três obras, Uma infanto-juvenil e duas com memórias afetivas, autobiográficas. Há chances de um romance pintando por aí?!

Não vejo um romance no horizonte. Tenho escrito muita poesia. Quando um verso se enriquece com uma melodia, sei que é uma letra de música. Mas, às vezes, qualquer melodia só faz empobrecer um verso. Então, eu sei que é um poema.

Na sua visão, fazer música hoje com essas novas ferramentas, ficou mais difícil ou mais fácil?!

Desde o tempo das cavernas não mudou muito a relação do ser humano com a música. É algo necessário, independente das contingências de produção, divulgação etc… Quanto à tecnologia, sou sempre um otimista. Quanto mais pessoas legais usarem, mais legal ela será. Se só os caras chatos usarem, ela será chata.

Como se dá – na hora da composição – esta relação entre Literatura e Música, algo que foi sempre tão constante nas composições dos Engenheiros do Hawaii?!

No fundo do cérebro e do coração, é tudo a mesma coisa, um oceano. Os discos e livros são as ondas que chegam à praia. Parecem diferentes, mas nascem da mesma raiz.

Veja Mais

Deixe um comentário