Usuário Legado
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A vinda do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, a Alagoas deveria ter resolvido alguma coisa sobre os deputados estaduais acusados de desviar dinheiro público.
Afinal, são R$ 300 milhões que sumiram da máquina pública. Crimes como formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro estão na mira nas investigações da Polícia Federal, apontando deputados estaduais como líderes do esquema.
Mas, apenas a imprensa ganhou um safanão, ao ser perguntar de forma insistente sobre assunto tão incômodo e grave: o desvio de dinheiro público. "Não sou especialista em Operação Taturana", disse. Mendes queria falar sobre os presídios superlotados, em sua maioria de pobres; os criminosos do colarinho branco ficariam para depois.
Mendes julga nas próximas semanas o recurso do juiz Gustavo Souza Lima, para afastar ou não os deputados estaduais dos cargos. No início do ano, votou pelo retorno deles. Afinal, o ministro diz não saber da situação de Alagoas. Os alagoanos sabem: o presidente do supremo não é especialista no que acontece por aqui. Apenas em cadeias cheias de pobres.