Greve ao contrário

Certa feita, durante uma greve que paralisou o serviço de transporte coletivo em Maceió fiquei imaginando – e externei a idéia – o que aconteceria se, no sentido inverso, a população deixasse por um dia inteiro de andar de ônibus.
Não ampliei a avaliação do assunto, mas lembro que a idéia era saber que prejuízo teriam os empresários e que repercussão externa o fato alcançaria.
Mas, nada aconteceu.
Entretanto, os protestos que fecham ruas e avenidas, impedindo as pessoas de irem e virem ou ao menos dificultando os seus acessos ao trabalho, escola, médico e até mesmo o lazer estão provocando reações cada vez mais fortes dos diversos setores da comunidade.
Agora mesmo, tanto o nosso programa na rádio como este espaço do blog registraram sugestões de pessoas para que a sociedade deixasse de andar de táxi por uma semana, como uma forma de reagir ao bloqueio patrocinado pelos taxistas na última segunda-feira.
É preciso ponderar que o confronto normalmente não favorece nenhum dos lados, mas alguns casos têm cada vez mais exigido este tipo de comportamento, justamente pelo fato de afetar a única parte que não merecia sofrer qualquer prejuízo.
Em tempo: conforme anunciara, o governo também esboçou uma reação; a blitz e as ameaças de multa aos motoristas que pararam seus carros para o protesto revoltaram os taxistas, mas comprovaram haver sido uma ação eficiente.