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Inconseqüência

A cada dia, o técnico Celso Teixeira toma um novo susto e se espanta com o que está ocorrendo hoje com o outrora grande CSA. Ele se disse impressionado e confessou que nunca, em sua carreira, enfrentou uma situação como a atual.
É o reflexo da irresponsabilidade e da inconseqüência, constantes nos homens que dirigem clubes no futebol brasileiro, com raríssimas exceções.
Com tanta incompetência, nem precisa ter um olho bom, qualquer caolho se dá bem, vence jogos, conquista campeonatos.
No caso em tela, não se conseguiu manter em boas condições o gramado de um campo de futebol, indispensável para qualquer time que se preze. Não estou falando de estádio, que também deveria ser obrigação do clube, mas de um campo, apenas.
Falta tudo todo dia, embora tenha sido gasto dinheiro com passagens, hospedagem e transporte (aqui o vai-e-vem é de táxi, porque o clube não dispõe de condução própria).
O caso do CSA é o do clube que não tem. Mas, há os que têm, às vezes por força de patronos políticos e/ou via Prefeituras, e gastam mal, muito mal.
Como pode um time de uma pequena cidade do interior de Alagoas, por exemplo, pagar salários de R$ 4mil ou R$ 5mil mensais para um só jogador de futebol? Poder até pode, mas com o meu ou o seu dinheiro isto jamais aconteceria.
Onde um cidadão pobre, sem instrução, encontraria tamanha facilidade para ver tal quantia, sem falar no que não gasta e no que ainda ganha como prêmios por resultados que teoricamente têm que, de verdade, buscar?
Os dirigentes geralmente gastam mal, aqui e em todo o país, um dinheiro que não lhes pertence. Como fez o Corinthians, agora. Recém-rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro, aceitou a pressão e vai pagar mais de R$ 100mil mensais (entre luvas e ordenados) para manter um goleiro, que, por enquanto, é só uma revelação.
Com o dinheiro deles, isto aconteceria? Duvido.

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