Desde a instalação da escultura gigante na forma de uma prosaica cadeira de praia em plena orla da praia de Ponta Verde, que as opiniões se dividem. Aliás, como quase tudo que acontece hoje nesse país, há a turma dos que amam e a dos que odeiam. Ou melhor, odeiam não, odeeeeeeiam… O audacioso prefeito...
Desde a instalação da escultura gigante na forma de uma prosaica cadeira de praia em plena orla da praia de Ponta Verde, que as opiniões se dividem. Aliás, como quase tudo que acontece hoje nesse país, há a turma dos que amam e a dos que odeiam. Ou melhor, odeiam não, odeeeeeeiam…
O audacioso prefeito de Maceió apostou alto em fechar uma via de acesso e plantar aquele objeto pitoresco —um verdadeiro monumento kitsch que a princípio provoca estranheza e sugere poluição visual—numa das paisagens urbanas mais deslumbrantes do país e que hoje assemelha-se cada vez mais a um autêntico resort. Para os que o conhecem de perto e sua notória vaidade pessoal e política, esta obra não causou surpresa alguma. Na verdade, a tal “cadeira gigante” —que mal comportaria seu ego, segundo alguns desafetos— vem somar-se a inúmeros outros “enfeites urbanos” espalhadas aqui e ali, sendo a maioria com um bom grau de acerto —justiça seja feita.
Porém a ousadia vez ou outra mostra-se necessária, sobretudo quando se sai vitoriosa — ou alguém imagina que a Torre Eiffel foi aprovada e adotada por todos os parisienses desde a sua construção? O mesmo serve para inúmeros trambolhos urbanos que o tempo tratou de transformá-los em monumentos indissociáveis das suas respectivas cidades.
Deixemos então o tempo tratar de levar a estranheza inicial poluidora da nossa pitoresca cadeira de praia gigante, para que o futuro possa dizer que sim, foi uma boa ideia do prefeito e que de fato é um monumento bastante “instagramável” e que, como tal, pode trazer uma bela e significativa exposição e retorno turístico para a nossa belíssima orla. Assim como a Torre Eiffel, o Cristo Redentor, a Estátua da Liberdade e o bule gigante da Bodega do Sertão.