Intempestividade

Já passei por uma demissão dias antes de um Natal. Junto com companheiros, fomos traídos por incompetentes que diziam dirigir uma empresa que tinha o aval do ex-governador Ronaldo Lessa. A tal empresa fechou e até agora ninguém recebeu qualquer indenização por parte dos donos, que se escondem por trás de um boi de piranha colocado como legalmente responsável.
Jamais traria um assunto pessoal a público, se não fosse para me solidarizar com companheiros que foram exonerados da Secretaria Municipal de Comunicação, para dizer-lhes que faço uma idéia de como devem estar se sentindo, pela intempestividade da decisão tomada pelo prefeito Cícero Almeida, que contempla os servidores municipais com antecipações de salário, mas corta um grupo de forma inesperada.
Num caso e no outro, a proximidade do Natal é o fator emocional que pega. Na situação que vivi, junto com companheiros, o agravante é que nossos direitos não foram respeitados. No caso da Secom, assiste direito ao prefeito exonerar quando entender, da mesma forma que nomeou quando quis.
Mas, além da intempestividade, é preciso avaliar mais serenamente a decisão. Não se exonera um grupo de uma mesma Secretaria por acaso. Nem para promover uma reformulação, como imaginava o secretário Marcelo Firmino, que se disse surpreso com as demissões.
Há de se buscar o (s) motivo (s). A divulgação é salutar para o próprio prefeito, que deve ter suas razões, ainda que nem para todos elas não venham a ser convincentes. Negligência profissional? Motivação política? Ou algum “inferno” feito por pessoas que insistem em circular em volta de Almeida, com maus conselhos, que lhe têm metido em alguns embates inúteis, desnecessários?
Um dia destes, assessores foram desligados de outra Secretaria porque contrariaram o titular, divulgando o número de seu telefone para setores da imprensa. E olhe que é uma pasta que vem dando muita dor de cabeça ao senhor prefeito.
É preciso esclarecer.