Já escrevi uma crônica sobre esse mesmíssimo assunto, inclusive publicada em meu livro. Porém, volto a falar no tema motivado pela época do ano em que minha cidade, Maceió, fica ainda mais bonita -sobretudo a sua orla. Ressalto, portanto, o privilégio de se morar numa cidade litorânea, que é o mesmo de se fazer...
Já escrevi uma crônica sobre esse mesmíssimo assunto, inclusive publicada em meu livro. Porém, volto a falar no tema motivado pela época do ano em que minha cidade, Maceió, fica ainda mais bonita -sobretudo a sua orla.
Ressalto, portanto, o privilégio de se morar numa cidade litorânea, que é o mesmo de se fazer uma viagem, seja de carro, ônibus ou avião, na poltrona da janela -não é à toa que as cabines dos navios voltadas para o mar geralmente são as mais caras. Lembro-me que quando crianças, eu e meus irmãos brigávamos muito para ver quem ia do lado da janela do carro do meu pai, com o vento assanhando deliciosamente os cabelos, sentindo todos os aromas e apreciando as formas e cores durante um simples passeio ou uma longa viagem.
Morar numa cidade como Maceió, é viver no lado da janela do meu estado, do meu país e do meu continente até -afinal, é o ponto extremo do solo que habitamos.
No verão, tudo fica ainda mais encantador -as cores vibrantes, as pessoas felizes na praia, a beleza inigualável da natureza e o clima de festa e de férias no ar. Ponho então o cotovelo para fora e permito-me sentir as sensações que só experimenta quem tem a sorte de viajar na janela, vendo as nuvens, o céu azul, as pessoas na rua e o mar encantador e convidativo que torna toda viagem -qualquer uma- bem mais bela e agradável.