Lei da mordaça

O “bicho” político é muito corajoso quando enxerga a oportunidade de obter qualquer vantagem. Sobre dois deles, alagoanos, dizem até que se forem vistos no sétimo andar de um prédio, prontos para saltar, qualquer cidadão deve ir atrás porque alguma coisa de bom há de existir lá em baixo.
Mas, quando podem correr algum risco, principalmente de queimação diante da opinião pública, o destemor, a coragem, a ousadia desaparecem. Omitem-se, com medo de pegar o bonde errado.
Belo exemplo é o caso do Renan Calheiros. Ninguém opina. Ninguém fala nada. Salvo um ou outro comentário isolado, não se ouve, entre os deputados federais e estaduais e vereadores, uma só voz que defenda o senador. Ou que o acuse.
Evidente que qualquer que seja o desfecho da questão, eles estarão “do lado certo” ou mais conveniente aos seus interesses. Se Calheiros resistir ao bombardeio e se livrar dos processos, será grande, muito grande, a claque a aplaudi-lo, festejá-lo, aos gritos de “eu sabia da sua inocência”. Mas, caso seja condenado, não receberá publicamente uma mensagem de apoio sequer.