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Como fica o palanque para 2010?

Como fica o palanque para 2010?

Vanessa Alencar/Alagoas24horasComo fica o palanque para 2010?

Como fica o palanque para 2010?

A visita do presidente Lula esta semana a Alagoas, a tentativa, em Brasília, do prefeito Cícero Almeida (PP) de trazer de volta aos cofres do município o Eixo Viário Vale do Reginaldo, sob a batuta do PAC, e o retorno dos taturanas a Assembleia tem uma ligação bem mais forte com 2010 do que se imagina.

Lula chama Almeida de aliado; Almeida viaja a Brasília para encerrar uma briga dele com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB) pela paternidade do Eixo Viário, promessa nunca cumprida de campanha; Teotonio é candidato à reeleição; Almeida é candidato ao Palácio República dos Palmares. O palanque unido de Lula é o início da cisão de ambos, na terceira semana de julho, um ano e três meses antes das eleições.

Fica PP, PT, PTB de um lado, o de Almeida; o PSDB alagoano, com o governador de São Paulo, José Serra à presidência da República, do outro, o de Vilela. O palanque lulista é a única exceção de união. Isso porque os fins justificam os meios.

O PPS, anti-Lula, está com Vilela; o PSB, pró-Lula, segue com os tucanos daqui; o PMDB, de Renan Calheiros, pró-Lula nacional e pró Serra em Alagoas, deve marchar com o PSDB alagoano. Será a aliança branca, a neutralidade política dos caciques.

No meio disto, o Eixo Viário com a promessa de se transformar na ponte definitiva para eleição de Almeida ao Palácio. Claro, na magia da campanha à prefeitura, em 2004, tinha um metrô, áreas de lazer, despoluiria a praia da Avenida. A política tem seus engenhos. Mas, a popularidade é o que importa: as pesquisas informais indicam que o prefeito tem votos na Grande Maceió, região de 11 cidades no entorno da capital; Vilela é bom posicionado no Sertão. Por enquanto, um estranho equilíbrio.

Almeida não foi vaiado nem em Maceió nem em Palmeira dos Índios; Vilela, este sim. Vaias são indicativo de popularidade. Almeida não negocia diretamente com seus aliados; Vilela, este sim. Aliados podem garantir eleições, votos e são medidos por seus cargos, na administração pública.

Almeida se apega aos deputados indiciados pela Operação Taturana para uma nada descartada campanha ao Governo.

Vilela usa o mesmo recurso: aproxima-se dos deputados afastados, agora em retorno a Assembleia, preparando nova eleição da Mesa Diretora. Os parlamentares e seus colégios eleitorais abarrotados de votos voltam a ganhar atenção de almeidistas e vilelistas.

E todos buscam a blindagem nos cargos, em 2010. Não é fácil escapar das investigações da Polícia Federal, revelando os laranjas e os testas de ferro de empresas de carros, construtoras, empresas de lixo. Da justiça, o recurso é mais rápido. Bastam os partidos e os cargos públicos para justificarem os meios.

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