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Luis Vilar

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O Comitê 9840 encabeça mais um pedido de cassação contra os deputados afastados por suspeita de corrupção. O Comitê – que tem como foco o combate aos desvios de verbas e aos crimes eleitorais – vai protocolar o documento, que é assinado por diversas outras entidades, no dia 2 de março deste ano, assim que a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas retornar às atividades. Apesar do fim do recesso, por conta da ocupação e das manifestações ocorridas no dia 17 de fevereiro, os parlamentares ainda se encontram distantes do parlamento.

De acordo com o presidente do Comitê 9840, Antônio Fernando da Silva, o Fernando CPI, o documento será encaminhado para a Mesa Diretora. Esta é mais uma forma de pressionar a Mesa a dar prosseguimento à cassação. O segundo passo é retirar Fernando Toledo (PSDB) da cadeira da presidência. No entanto, os opositores a Toledo ainda seguem divididos em dois blocos.

De um lado os “novos deputados” que ocupam as vagas dos afastados, do outro os oposicionistas Judson Cabral (PT), Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT) e Rui Palmeira (PR). Pelo menos um dos novos deputados, o Castelo (PTB), já admite a possibilidade de votar em Rui Palmeira para a presidência da Casa de Tavares Bastos. A eleição deve ocorrer no dia 3 de março, caso não apareçam novos contratempos, já que – ultimamente – nada tem data prevista no parlamento alagoano, que cada vez mais parece um fundo de um poço sem fundo.

Do outro lado da questão, o acusado de ser o chefe da quadrilha que desviou mais de R$ 300 milhões, deputado estadual Antônio Albuquerque (sem partido), esbraveja alegando a ilegitimidade dos suplentes e afirmando que o movimento que tomou conta do prédio da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, no dia 17 de fevereiro, foi arquitetado e que alguns manifestantes teriam recebido R$ 10 para ali estar. Semelhante a uma compra de votos, coisa que alguns deputados conhecem bem, inclusive – comprovadamente – um dos envolvidos na Taturana, que até perdeu o mandato por isto.

Albuquerque acredita que a manifestação popular não foi legitima. A leitura que os deputados estaduais afastados fazem da forma como a sociedade concebeu a corrupção praticada na Assembleia Legislativa é bem distinta da dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada como um todo.

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