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Menos de 48

Faltando três rodadas para o encerramento do campeonato, tendo então o CRB derrotado o Criciúma, escrevi aqui neste Blog e falei pela Rádio Gazeta, que, somando 47 pontos, a tendência era que o time alagoano precisasse apenas de mais um para garantir sua permanência na Série B para o próximo ano.
No jogo seguinte, goleada do Vitória sobre o Galo, em Salvador, e vitória de times que vinham logo abaixo na classificação, provocaram uma onda de descrédito sobre o que havia sido posto. Aí foram surgindo números, entre 50 e 53, como novo mínimo necessário para se chegar ao êxito.
Sem distinguir o que é certeza matemática com tendência, uns de forma bastante clara, mesmo sem citação de nomes, e outros escondidos em anonimatos de coluna, fizeram até comentários jocosos sobre o assunto.
Jamais disse que com 48 pontos havia certeza de classificação, mas que pelo retrato de momento do campeonato, esta era uma tendência. É como em uma eleição, um candidato à frente do outro apenas 2%, durante 90% da apuração dos votos. Matematicamente, ele não está eleito, mas a tendência é que ganhe com estes 2%, ou alguns décimos a mais ou a menos.
Sem razão suficientemente forte para tal, não era previsível que, de repente, a tendência fosse de uma reviravolta tão grande, a ponto de exigir um desempenho acima da média de até então.
Hoje, encerrado o campeonato, o CRB fez 53 pontos, ficou em oitavo lugar com o mesmo número de pontos do sexto, mas quem olhar direito a classificação final vai ver que qualquer time se manteria na Série B se somasse 46 pontos. Ou seja, se o CRB tivesse perdido do Ituano e do Barueri, ainda assim não seria rebaixado, embora ficasse na posição mais próxima do grupo dos excluídos para o próximo ano.
Os leitores desculpem o desabafo, mas entendo como justo. Afinal, se o CRB tivesse feito 48 pontos e fosse rebaixado, hem?

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