Luis Vilar
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O deputado estadual Jefferson Morais (Democratas) não só confirma que há funcionários na Assembleia Legislativa Estadual que nunca deram um dia de serviço, como destaca que estes deveriam ser “cedidos” para outros órgãos para que possam fazer jus aos salários que recebem. De acordo com Morais, são gordos salários, para nada fazer. Ou seja, dinheiro do parlamento alagoano (leia-se, do povo) que escorre pelo ralo.
Que o dinheiro público escorre pelo ralo na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas já é um samba de uma nota só. Todo mundo sabe! A Polícia Federal descobriu um “dinheiroduto” cuja uma ponta era a Assembleia e a outra as contas bancárias de parlamentares, por onde passou R$ 300 milhões, por meio de empréstimos fraudulentos, declarações falsas a Receita Federal, dentre outros crimes.
O espantoso é que por mais que se mostre o dinheiro que sobra na Assembleia, os deputados estaduais alagoanos sempre querem mais e não escondem as evidências de que os recursos do Estado de Alagoas – parcos como colocam especialistas na situação financeira da Terra dos Marechais – é malversado. Este ano, foram milhões em gratificações; e na folha salarial da Assembleia Legislativa – pelo menos como afirma Jefferson Morais – continuam os “fantasmas”, pois é o nome mais correto – no figurativo é claro – para os que trabalham sem receber.
Fantasmas no figurativo, porque o mausoléu em que eles assombram há mimos que os meros mortais – apesar de pagarem impostos que bancam tais forças sobrenaturais – nunca desfrutarão. Fica uma pergunta: quanto a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas gasta com quem não trabalha? Aliás, quantos funcionários possuem? De acordo com Jefferson Morais, apenas 200 pessoas se revezam trabalhando no parlamento alagoano.
Lembra da famosa Folha 108? Será que só mudou de nome? E a auditoria encomendada pelo próprio parlamento? Que fim teve? Bom, são questões que ficam assombrando a mente de alguns alagoanos preocupados com o futuro do Estado. Estas assombram mais do que os fantasmas da Assembleia Legislativa, que apesar de fantasmas possuem “a vida ganha”…
Voltando ás declarações de Jefferson Morais, ele coloca que os funcionários que não trabalham, mas recebem pela ALE poderiam prestar serviços à Polícia Militar de Alagoas na parte administrativa, liberando muitos policiais militares para irem às ruas combater a criminalidade. Já pensou? Combate a violência em Alagoas ganha auxílio das forças sobrenaturais. Fantasmas aparecem para ajudar – ainda que indiretamente – o combate à criminalidade.