Motivo não revelado

A tragédia da Fonte Nova ainda está sendo apurada, nos moldes de todas as anteriores. É um tal de eu disse, eu avisei, podia ter sido evitado, mas ainda não ouvi uma verdade que salta aos olhos, a do verdadeiro motivo do estádio não ter sido interditado.
A culpa é de uma “religião” chamada Bahia, que já estava em sua segunda temporada na terceira divisão do futebol brasileiro e, desgraça maior, ainda estava acompanhando a subida do rival Vitória para a primeira divisão.
Se a Fonte Nova fechasse, onde o Bahia iria jogar? Em Feira de Santana? Ou que outra cidade teria condições de receber as partidas do antigo “tricolor de aço”?
Muitos dos leitores do Blog não sabem, mas a tal da reforma, que implantou a parte superior nas arquibancadas da Fonte Nova, ocorreu em 1970, justo quando Maceió estava inaugurando o Estádio Rei Pelé.
Naquele ano, o Bahia mandava os seus jogos pelo Campeonato Brasileiro em Aracaju, no Batistão. E chegou a enfrentar o Grêmio (venceu por 1 x 0) em Maceió, no dia 1º de novembro, no terceiro jogo da inauguração do Trapichão.
Em todas as situações, subir para a Série B seria mais difícil para o Bahia. E a arrecadação do clube seria menor, bem menor, pelas despesas com viagem e por nenhum destes outros estádios ter capacidade para 60 mil pessoas.
Faltou pouco para a coisa dar certo até o fim.