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A agressão ao meio ambiente, tanto nos restos de Mata Atlântica, quanto ao esgoto despejado no rio Mundaú, voltou a pauta no Ministério Público Estadual. Foi uma sessão realizada no dia 10 de novembro pelos promotores do Meio Ambiente Alberto Fonseca e Dalva Vanderlei.
O que chamou a atenção dos dois é que o esgoto da cidade de Satuba, segundo relato do prefeito Cícero Ferreira, o Titor (PC do B), é despejado, sem tratamento ou in natura, como chamou, no rio Mundaú, que nasce em Pernambuco e despeja na lagoa Mundaú, Alagoas. É um diagnóstico da falta de saneamento básico na cidade, e a falta de estações de tratamento.
“Dando prosseguimento, o dr. Alberto inquiriu o prefeito de Satuba, sr. Cícero Ferreira, que respondeu que: Satuba não tem saneamento básico, que é despejado in natura no Rio Mundaú, por trás da fábrica Profertil; que não tem nenhuma estação de tratamento e estão tentando viabilizar um projeto junto a Ifet – campus Satuba”
Em um conjunto habitacional da cidade, não existe nem tratamento nem controle de água. É o prefeito quem admite isso. Os moradores recorrem a uma cacimba. E outros conjuntos habitacionais, na cidade, as fossas estouraram e a água segue seu curso: o rio Mundaú
“que com o extravessamento o esgoto vai para a rede coletora de águas pluviais, indo desaguar no remanescente da reserva da bosfera de mata atlântica”, diz o prefeito.
Nesta audiência, os promotores querem o levantamento dos custos para que exista ao menos um projeto básico (na falta de nenhum) para o tratamento dos esgotos. E que a Caixa Econômica Federal providencie cópias dos projetos de saneamento dos conjuntos habitacionais.
O rio Mundaú percorre 30 cidades. Metade delas em Alagoas. Um dia foi agredido pelas usinas de açúcar, despejando a vinhaça e matando os peixes da lagoa; hoje, a vinhaça virou o esgoto, na linha d’água com os índices de desenvolvimento humano na linha vermelha. A linha da pobreza.